
Anunciado ainda em 2022 como promessa de eletrificação ousada da Jeep, o SUV Recon finalmente vai entrar em produção nos próximos meses.
O modelo, que havia sido apresentado com previsão de estreia em 2024, será fabricado na planta da Stellantis em Toluca, no México, com poucas mudanças visuais em relação ao protótipo exibido três anos atrás.
A proposta é clara: ser o EV mais “open-air” do mercado, com portas, janelas e teto totalmente removíveis.
A versão que estreia será a Moab, topo de linha, equipada com dois motores elétricos que juntos entregam 650 cv e 86 kgfm de torque.
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Mesmo com desempenho digno de superesportivo — vai de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos — o Recon decepciona na autonomia.
A versão Moab deve entregar cerca de 370 km com carga cheia, enquanto as futuras versões mais simples poderão chegar a 400 km.
Baseado na nova plataforma STLA Large da Stellantis, o Recon compartilha arquitetura com o Wagoneer S e o novo Dodge Charger elétrico.
A bateria de 100,5 kWh opera em sistema de 400 volts, com recarga rápida de até 220 kW — suficiente para ir de 5% a 80% em 28 minutos.

Para otimizar o consumo, o motor dianteiro pode ser desacoplado em trechos urbanos, e a tração varia conforme o modo de condução.
O Recon terá modos Auto, Areia, Neve e Esporte, com o Moab incluindo ainda o Rock Mode, que ativa controle de subida e descida e tração reforçada para trilhas mais severas.
O visual segue o padrão Jeep: formas quadradas, grade de sete fendas iluminada, lanternas saltadas e estepe montado na tampa traseira.
A versão Moab traz para-choques com ganchos expostos, alargadores de para-lama e pneus off-road de 33 polegadas com rodas de 18”.

Com 4,91 metros de comprimento, o Recon é 12 cm maior que um Wrangler de quatro portas, embora tenha entre-eixos mais curto.
O peso chama atenção: são 2.773 kg — mais de 600 kg acima do Wrangler 4xe híbrido plug-in.
A altura livre do solo é de 23 cm, e os ângulos de ataque e saída ficam ligeiramente abaixo do Wrangler, mas o de transposição é superior.
Internamente, o Recon tem acabamento robusto e prático, com detalhes metálicos, alças expostas e telas generosas.
O quadro de instrumentos é digital de 12,3″, e a central multimídia é a maior já usada pela marca, com 14,5″.

Destaque para o console central com moldura estrutural, alavanca giratória de câmbio e comandos off-road agrupados com botões físicos.
Mesmo sem portas, o som não será prejudicado: os alto-falantes Alpine ficam sob os bancos, não nas portas removíveis.
Além do espaço interno mais amplo que o Wrangler, o Recon oferece 30,3 litros de porta-malas com os bancos em pé, chegando a 65,9 litros com rebatimento, além de um pequeno frunk de 85 litros sob o capô.
Entre os itens curiosos, há suportes modulares para acessórios e até um compartimento para patos de borracha — tradição entre donos de Jeep.
A lista de equipamentos da versão Moab inclui teto solar panorâmico, bancos aquecidos, câmeras 360º com lavadores, sensores de fadiga, ACC, frenagem automática e assistente de estacionamento.
O preço? Começa em US$ 66.995 (cerca de R$ 327 mil), valor competitivo para o segmento, embora limitado por sua autonomia modesta.
Versões mais acessíveis virão após o lançamento da Moab, que inicia produção no primeiro trimestre de 2026.
Com visual autêntico, proposta aventureira e desempenho brutal, o Recon estreia com potencial para conquistar, mesmo sem revolucionar a autonomia dos EVs.
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