
Em uma jogada ousada e inusitada, a Kia resolveu misturar nostalgia com inovação ao lançar um brinde pouco convencional para os compradores do novo EV4.
A importadora finlandesa da marca, Astara Auto Finland, está oferecendo gratuitamente aromatizadores de ambiente com cheiro de gasolina para quem adquirir o modelo elétrico.
A ideia, segundo a própria empresa, é tornar a transição dos carros a combustão para os EVs um pouco mais leve – e com um toque de humor.
De acordo com Klaus Pohjala, diretor comercial da Astara, abandonar o motor a combustão pode ser uma mudança emocional para muitos motoristas acostumados com aquele “cheirinho de carro antigo”.
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Para desenvolver a fragrância, a Kia contou com o trabalho do perfumista Max Perttula, considerado o único especialista do tipo na Finlândia e já conhecido por criar essências para marcas de luxo.
A criação do aroma envolveu uma combinação curiosa de elementos encontrados em perfumes masculinos, além de uma pitada de jasmim.
Segundo Perttula, o jasmim, apesar de inesperado, tem compostos que remetem ao cheiro típico da gasolina, o que ajuda a construir essa memória olfativa.
Outros ingredientes usados foram alcatrão de bétula, âmbar e galbano, todos processados com técnicas que simulam a sensação metálica e densa do combustível.

A campanha, que claramente tem um tom provocativo, também carrega uma dose de crítica velada aos tempos antigos e ao apego dos motoristas ao motor a combustão.
Não é a primeira vez que a Kia aposta em campanhas polêmicas na Europa: no ano passado, a mesma importadora estampou um anúncio ousado em página de jornal, cutucando as montadoras de luxo tradicionais ao afirmar que os EVs “nivelaram o jogo”.
O EV4, modelo elétrico que estreia com essa ação inusitada, será vendido tanto em versão hatchback quanto sedã, com produção localizada na Europa – a primeira da marca fora da Ásia.
Para o mercado norte-americano, a versão sedã tem previsão de lançamento no início do próximo ano.

A iniciativa da Kia revela um esforço criativo para transformar a resistência à eletrificação em uma oportunidade de engajamento com o público, misturando humor, sensações e um toque de provocação.
Resta saber se os compradores brasileiros – quando o modelo chegar por aqui – também vão querer um “cheirinho de gasolina” no porta-luvas do seu carro elétrico.
Enquanto isso, a discussão continua: será que o cheiro de combustível realmente faz falta ou é só mais uma lembrança que precisa ser superada?
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