
O Kia Sportage é o carro-chefe da marca sul-coreana no Brasil e o representante dela por aqui, o Grupo Gandini, não quer continuar pagando uma taxa de importação de 35%.
Importado da Coreia do Sul, o Sportage reduz enormemente a margem da empresa com o imposto cobrado, então, para resolver esse problema, a ideia será localizar a produção do SUV na região.
José Luiz Gandini, presidente da Kia no Brasil, revelou ao site da Auto Indústria, essa intenção. Ele disse: “Temos de fugir dos 35% e por isso estamos buscando alternativas locais”.
Questionado sobre a antiga fábrica da Troller, Gandini respondeu: “Os incentivos de PIS/Cofins daquela região acabam neste primeiro semestre e os de IPI no ano que vem. Não posso revelar contatos que estamos fazendo, mas certo é que queremos produzir a Sportage na região”.
A fábrica da Troller em Horizonte–CE, repassada para um grupo de investidores locais, após a Ford ter encerrado a marca cearense, produziu por muito tempo o jipe T4.
Outra opção para Gandini é a Nordex, em Montevidéu, no Uruguai. A fábrica do país vizinho faz hoje o Kia Bongo, que ajudou a marca a ter alta de 7% nas vendas em 2024.
Com a montagem em CKD no Uruguai, o Sportage não pagaria os 35% de imposto de importação, dado o acordo do Mercosul.
Se o mesmo fosse feito no México, como será o elétrico EV3, Gandini não precisaria investir na produção regional.
Das duas opções, a uruguaia parece mais lógica devido à longa experiência da Nordex na produção de veículos no país, enquanto na antiga fábrica da Troller, seria preciso recontratar ex-funcionários e novos também.
Livre da dívida da antiga Asia Motors, a Kia agora pode ter uma planta no país, mas os direitos de importação e comercialização estão com Gandini, que é quem terá de investir nisso.

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