
A Tesla acaba de turbinar o Model 3 na Europa com uma atualização que promete agradar — pelo menos em parte.
A versão produzida na China, que é a mesma enviada ao mercado europeu, agora conta com novas células de bateria da LG Energy, resultando em aumentos expressivos de autonomia em várias versões do sedã elétrico.
O modelo também traz de volta uma função que tinha sido eliminada no último facelift: a boa e velha alavanca de seta no volante.
Tudo começou na China, onde a Tesla implementou as novas células LG 5M, que apresentam maior densidade energética.
Veja também
Com isso, o Model 3 Long Range passou a oferecer até 830 km de autonomia no ciclo chinês CLTC — reconhecidamente otimista, mas ainda assim impressionante.

Agora, os clientes europeus também foram beneficiados. Segundo a atualização no site oficial da Tesla, o Model 3 Long Range com tração traseira (RWD) passa a oferecer até 750 km de alcance no ciclo WLTP.
A versão Long Range AWD subiu para 660 km, enquanto o Model 3 Performance agora entrega até 571 km com uma única carga.
Os ganhos são resultado direto da substituição das células por essa nova geração fornecida pela LG, que utiliza o mesmo formato físico das anteriores.
Isso permite atualizações sem grandes mudanças no design do pack ou no sistema do veículo, otimizando a evolução sem comprometer a produção em larga escala.
Além da bateria, o Model 3 atualizado traz um novo visual com câmera no para-choque dianteiro — possivelmente para auxiliar em funções de condução autônoma e segurança.

Mas a mudança que mais chamou atenção foi o retorno das alavancas de seta (os famosos stalks) atrás do volante.
Isso porque, na última atualização do Model 3 — lançada em 2024 —, a Tesla havia removido os comandos físicos de seta, optando por botões táteis no volante.
A decisão causou muita polêmica, com motoristas reclamando da usabilidade em curvas e manobras rápidas. Agora, a empresa parece ter voltado atrás, possivelmente influenciada pela repercussão negativa.
O momento da atualização é estratégico: com o fim de incentivos fiscais nos EUA, os veículos da Tesla perderam competitividade por lá, e a empresa aposta agora em aumentar o apelo técnico para manter as vendas fortes na Europa e Ásia.
Embora a Tesla não tenha confirmado se essas mudanças também chegarão a outros mercados fora da Europa e China, o movimento indica um padrão: melhorar onde importa (autonomia) e recuar onde errou (interação com o condutor).
📲 Receba as notícias do Notícias Automotivas em tempo real!Entre agora em nossos canais e não perca nenhuma novidade:
✅ Canal do WhatsApp📡 Canal do Telegram
📰 Siga nosso site no Google Notícias