Em 2024, as locadoras de veículos no Brasil adquiriram aproximadamente 620 mil automóveis e comerciais leves, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Essas compras corresponderam a 25,3% das vendas totais da indústria automobilística no país.

Para 2025, a expectativa é que as aquisições se mantenham no patamar de 650 mil veículos, sendo um volume de 30 mil unidades acima do resultado do ano passado.

No entanto, fatores como a valorização do dólar e as altas taxas de juros podem impactar negativamente esse volume, aumentando os custos para as montadoras e dificultando o acesso ao crédito pelas locadoras.

Em termos financeiros, o setor de locação de veículos registrou um faturamento de R$ 52,9 bilhões em 2024, um crescimento de 17,8% em comparação a 2023.

Apesar do aumento na receita, a frota total expandiu somente 3%, indicando que o foco principal foi a renovação dos veículos existentes, e não uma ampliação expressiva da frota.

O carro por assinatura registrou um aumento de 44%, totalizando cerca de 180 mil veículos destinados a essa modalidade no ano passado, e isso deve se acentuar em 2025.

A aquisição de modelos mais econômicos, como hatches e sedãs pequenos, representou mais de 50% das compras, refletindo a busca por veículos acessíveis e alinhados ao poder de compra do consumidor brasileiro.

Além disso, a idade média da frota diminuiu de 18,3 meses para 17,5 meses, impulsionada pela renovação constante dos veículos.

Já a eletrificação do setor ainda ocorre em ritmo lento, com 7.895 veículos eletrificados adquiridos em 2024, sendo a maioria híbridos leves.

Os desafios macroeconômicos, como a alta do dólar e das taxas de juros, continuam elevando os custos para as montadoras e dificultando o acesso ao crédito.

Isso pode influenciar negativamente nas projeções para 2025 e tornar o cenário mais incerto para o setor de locação de veículos no Brasil, que sempre movimenta uma boa parcela do mercado nacional, catapultando os modelos mais populares.