Uma história inusitada envolvendo uma cliente e uma concessionária Kia nos Estados Unidos está chamando a atenção pelas reviravoltas improváveis e por um detalhe burocrático que virou arma de vingança.
Tudo começou em fevereiro de 2024, quando Tiah McCreary adquiriu um Kia K5 2022 na Taylor Kia of Lima, no estado de Ohio.
O financiamento havia sido inicialmente aprovado por uma instituição chamada Global Lending Services, mas semanas depois a análise de crédito foi revista e recusada — e o carro foi retomado pela loja no final de março.
A princípio, parecia apenas mais um caso de financiamento cancelado e busca e apreensão de veículo.
Mas McCreary decidiu investigar sua situação e encontrou um ponto inesperado: o nome comercial “Taylor Kia of Lima” havia sido cancelado no registro estadual por falta de renovação da própria concessionária.
Sem perder tempo, ela registrou o nome para si no cartório do estado de Ohio e enviou uma notificação extrajudicial exigindo que a loja parasse de usar a marca.
Em junho, a cliente moveu uma ação judicial contra o grupo Taylor Automotive, dono da concessionária, e também contra o banco financiador, alegando fraude e buscando indenização.
O caso foi inicialmente arquivado com base em uma cláusula de arbitragem presente nos documentos do financiamento, obrigando as partes a resolverem o conflito fora dos tribunais.
No entanto, McCreary recorreu, e um tribunal de apelação determinou que, no que diz respeito à disputa sobre o nome comercial, a cláusula não se aplica.
A corte de Ohio considerou que a posse e uso do nome “Taylor Kia of Lima” não faz parte do escopo do contrato financeiro, e que esse aspecto do processo pode sim ser analisado judicialmente.
Agora, o caso será retomado nos tribunais estaduais, com uma situação no mínimo bizarra: a concessionária tem o carro de McCreary, e McCreary tem os direitos legais sobre o nome da concessionária.
Enquanto os advogados de ambos os lados ainda não se pronunciaram, o impasse segue sem solução. É um caso que mistura falhas burocráticas, vingança legal e uma disputa por identidade empresarial.
Um verdadeiro duelo jurídico que promete repercussões curiosas para o mundo automotivo.
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