Lojas não estão mais encontrando clientes para carros elétricos

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A fase dourada dos carros elétricos parece estar acabando nos EUA, segundo reportagem do site Business Insider .

Mais modelos elétricos estão sendo lançados e produzidos do que o mercado consegue absorver, e justamente por isso, algumas concessionárias estão começando a recusar maiores estoques deles.

Os estoques estão cada vez maiores, nos pátios das concessionárias, já que a produção dos elétricos só tem aumentado, a cada mês que passa.

E faz sentido a atitude das lojas, pois elas preferem vender primeiramente o que já tem nos estoques, do que pegar mais carros.

O chefe de operações da Kunes Auto e do RV Group, que vende Chevrolet, Ford, Jeep, Nissan e Mitsubishi em alguns estados do oeste americano, revelou que eles já estão recusando receber mais carros elétricos.

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A razão é que as montadoras estão pedindo que eles façam grandes investimentos, mas eles querem primeiro ver o retorno deste investimento.

Uma concessionária Ford da costa leste dos EUA comentou que não está aceitando envio de carros elétricos por parte da fabricante. Ainda comentou que os pedidos da versão elétrica da F-150, chamada Lightning, estão sendo feitos e não completados, os clientes desistem no meio do caminho.

A disponibilidade dos carros elétricos plug-in está aumentando rapidamente, um sinal de que a curva de adoção dos elétricos vai sofrer uma redução drástica. Para que isso aconteça, quem compra esses carros tem que deixar se ser apenas a pessoa rica, ou o entusiasta que adota novas tecnologias rapidamente, para entrar no mercado mais geral, como um todo.

Sam Fiorani, vice-presidente da AutoForecast Solutions, uma empresa que prevê tendências no mercado automotivo, diz que o problema não é apenas o fato de que estes carros elétricos sejam muito caros, o que realmente são, e sim que é necessária uma mudança no estilo de vida das pessoas.

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Muitas diferenças na experiência de se ter um carro elétrico faz com que as pessoas desanimem, como por exemplo, ter que carregar o carro regularmente, e também a famosa ansiedade da autonomia, que é você estar dirigindo o carro e ao mesmo tempo estar super preocupado se a carga vai dar para chegar onde você precisa.

Também tem o problema de que é muito difícil para o consumidor comum gastar pelo menos 10.000 dólares a mais para fazer esse pulo, do carro a combustão para o elétrico.

É o mesmo que vemos aqui no Brasil. É necessário gastar pelo menos R$ 50.000 ou R$ 60.000 para se comprar um carro elétrico de um mesmo segmento que um outro a combustão similar, vide a diferença de um Kwid normal para um Kwid elétrico, ou de um Mobi para um Chery iCar, por exemplo.

Por outro lado, quem tomar essa decisão, está em um bom momento do mercado, já que nos EUA, se o estoque geral de carros comuns é de cerca de 54 dias de vendas hoje em dia, o estoque de elétricos é o dobro disso.

Se trata de uma mudança muito grande em relação a um ou dois anos atrás, onde já era difícil achar um elétrico para fazer test-drive, quanto mais para comprar e levar para casa.

O mercado de carros elétricos compõe cerca de 6% do mercado inteiro, nos EUA, hoje.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.