Lotus é a mais recente montadora a deixar de lado planos de uma linha toda elétrica e, ao invés disso, focar em híbridos

Carros elétricos de luxo eram tidos como um novo patamar para o segmento premium e muitas marcas apostaram (e ainda apostam, como Porsche e Jaguar) que o futuro estará atrelado à bateria.

Todavia, o mercado não está indo nessa direção e várias delas revisaram suas metas e modelos 100% elétricos, incluindo até a inglesa Lotus, que se junta ao clube com seu portfólio agora variado por influência da Geely.

Feng Qingfeng, CEO da Lotus, disse na China: “A Lotus desenvolverá a tecnologia ‘Super Híbrida’ com carregamento plug-in ultrarrápido com um motor de combustão turboalimentado para estender o alcance geral para 1.100 km”.

A proposta a princípio seria referente aos modelos Emeya e Eletre, respectivamente sedã e SUV, que atualmente são vendidos somente com motorização elétrica em vários níveis de potência.

A Geely tem motores modernos para a tarefa, alguns deles de origem Volvo, que serviriam bem em uma proposta EREV, que evita a introdução de uma transmissão e um sistema mais complexo em carros que nasceram para serem elétricos.

O CEO da Lotus continuou: “Na Lotus, sempre escolhemos a melhor tecnologia de energia disponível, seja gasolina pura, elétrica pura, híbrida ou de alcance estendido [EV]”.

Embora não se saiba exatamente quanto custaria converter modelos como Emeya e Eletre em híbridos plug-in, adicionar um motor a combustão, um gerador e um tanque de combustível já representam uma enorme intervenção em um carro elétrico.

Qingfeng explicou: “Os motores de carros de luxo já são muito potentes, e a experiência de dirigir é bem similar, com motores de oito e 12 cilindros tendo bom desempenho”.

Todavia, esse não seria o caso da Lotus, pois as emissões a serem consideradas arruinariam as vendas da marca na Europa. Por isso, devemos esperar por carros da Lotus com geradores bem menores e mais fracos que os tipos citados.

Para a Lotus, justificaria um V6 num superesportivo de motor central, devidamente hibridizado, enquanto a gama mais tradicional iria de 2.0. O poder mesmo, no entanto, está nos motores elétricos, que podem chegar a números impressionantes.