Pode parecer confuso, mas a divisão Lotus Technology, responsável pelos veículos que vemos nas concessionárias da marca — como o Emira e o SUV elétrico Eletre — está adquirindo a maior parte das operações da Lotus Advance Technologies, que até então era parcialmente controlada pela gigante chinesa Geely.
Mas antes que alguém pense que a Lotus está se tornando independente, vale deixar claro: a Geely ainda é dona da Lotus, mesmo com essa troca de cadeiras.
Desde que a Geely assumiu o controle da Lotus em 2017, a empresa britânica passou a operar de maneira mais segmentada.
De um lado, temos a Lotus Technology, a divisão que desenvolve e gerencia os produtos de rua da marca.
Do outro, está a Lotus Advance Technologies, que abriga o braço de engenharia da empresa — a famosa Lotus Engineering — e também opera as fábricas britânicas responsáveis pelos esportivos da marca.
Com a mudança anunciada, a Lotus Technology está comprando a maior parte da Lotus Advance Technologies.
Isso significa que, a partir de agora, engenharia, produção e desenvolvimento de veículos estarão sob o mesmo teto corporativo.
A Geely, que antes controlava diretamente essa segunda divisão, agora passa a comandá-la indiretamente, já que continua sendo a maior acionista da própria Lotus Technology.
Em outras palavras, a Geely vendeu uma parte da Lotus para… a própria Lotus. E como ela ainda é dona da Lotus que fez a compra, continua no comando de tudo.
Segundo o CEO da marca, Qingfeng Feng, a movimentação serve para consolidar e integrar melhor as operações da empresa, o que deve trazer mais eficiência ao funcionamento interno e possivelmente mais valor à marca como um todo.
A expectativa é que essa integração melhore a sinergia entre engenharia e desenvolvimento de produto, encurtando prazos e facilitando decisões estratégicas.
Para os consumidores e fãs da Lotus, no entanto, a mudança não deve ter impactos diretos.
Os esportivos leves com foco em dirigibilidade continuam sendo o DNA da marca — mesmo agora que ela aposta cada vez mais nos elétricos de alto desempenho.
A reorganização é mais sobre como a casa está sendo arrumada nos bastidores do que qualquer mudança visível no showroom. E se isso ajudar a Lotus a seguir relevante em um mercado cada vez mais competitivo, melhor para todos.
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