
A disputa entre Tesla e Lucid ganhou um novo capítulo — e desta vez, quem está provocando é a Lucid.
O CEO interino da marca, Marc Winterhoff, afirmou em entrevista ao Financial Times que a empresa está atraindo um número crescente de ex-clientes da Tesla, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
E aproveitou para lançar críticas diretas à falta de inovação no portfólio de Elon Musk.
Segundo Winterhoff, há um movimento claro de insatisfação entre donos de modelos como o Tesla Model S e Model X, que estão cada vez mais abertos a explorar alternativas.
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“Estamos vendo um aumento, com certeza, na Europa e também aqui nos EUA. O Model S, por exemplo, não muda há 12 anos… os clientes estão buscando outras opções”, disparou o executivo.

A crítica não é isolada. Nas redes sociais e entre analistas do setor, cresce a percepção de que a Tesla perdeu o ritmo de inovação que a consagrou.
Nos últimos cinco anos, a empresa lançou apenas um novo modelo, o controverso Cybertruck, que não emplacou comercialmente e acumula mais polêmicas do que unidades vendidas.
Enquanto isso, os updates no Model S e Model X têm sido considerados meramente cosméticos.
Esse vácuo de novidade vem sendo preenchido por marcas como a Lucid, que apostam em luxo, desempenho e sofisticação.
O Lucid Air e o recém-lançado Gravity foram projetados justamente para rivalizar diretamente com os modelos mais caros da Tesla — e, no papel, superam os concorrentes em diversas especificações técnicas.

Além disso, o design da Lucid, mais refinado e menos minimalista, tem agradado consumidores que procuram algo diferente.
A Lucid também ampliou suas opções e refinou seus sistemas de assistência à condução. Embora a Tesla ainda seja referência no segmento de condução semiautônoma, a diferença parece estar diminuindo.
Com a recente adesão à rede de Superchargers da Tesla, a Lucid removeu uma das maiores barreiras para adoção de seus modelos: a infraestrutura de recarga.
No campo da opinião, o sentimento de frustração com a Tesla cresce.
Muitos ex-fãs apontam que a obsessão de Elon Musk com inteligência artificial e outros projetos paralelos tem desviado o foco da empresa, que antes tinha como missão acelerar a transição para os veículos elétricos.

Agora, para muitos, a Tesla parece mais interessada em alimentar a imagem pessoal de seu CEO do que inovar de fato no segmento automotivo.
As vendas refletem essa estagnação. Model S e Model X, que já foram os carros-chefe da Tesla, hoje mal atingem alguns milhares de unidades por trimestre — bem abaixo da capacidade instalada para 25 mil unidades no mesmo período.
Enquanto isso, marcas como a Lucid aproveitam a oportunidade para ganhar espaço no mercado premium.
E se conseguirem aprimorar ainda mais seus sistemas de assistência e manter a vantagem em design e acabamento, a escolha entre um Model S e um Lucid Air pode se tornar cada vez mais fácil para o consumidor exigente.
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