
A Porsche anunciou que está se preparando para aposentar três modelos a combustão nos próximos meses, incluindo o atual Macan, um de seus veículos mais vendidos no mundo.
A confirmação veio durante a conferência de resultados do terceiro trimestre, onde a montadora também revelou uma queda vertiginosa nos lucros — mesmo com bons números de vendas nos Estados Unidos.
De acordo com Dr. Jochen Breckner, membro do conselho financeiro da Porsche, o Macan com motor a combustão será produzido até meados de 2026, com estoque final sendo direcionado para alguns mercados até 2027.
A empresa ainda estuda armazenar unidades em mercados estratégicos para cobrir a transição até a chegada da nova geração do SUV médio.
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A próxima geração do Macan será oferecida com versões híbridas plug-in e a combustão, em paralelo com o atual Macan Electric, já à venda.
Segundo relatos anteriores, o novo Macan será baseado no Audi Q5 e já foi visto em testes camuflados.
O movimento marca uma mudança de rota na estratégia da Porsche, que está desacelerando sua ofensiva elétrica para dar espaço a novos modelos com motor a combustão e híbridos plug-in.
Essa “realocação de produto” inclui também a substituição da atual geração dos esportivos 718 Boxster e Cayman, cuja produção será encerrada ainda neste mês, segundo Breckner.

Ele afirmou que “os últimos carros estão sendo produzidos nesses dias”, indicando que o estoque será usado para sustentar as vendas até o lançamento dos sucessores.
Além disso, o SUV topo de linha da marca, que inicialmente teria uma versão totalmente elétrica, não será mais oferecido como EV. Em vez disso, terá apenas motores a combustão e opções híbridas plug-in, a partir da próxima geração.
Breckner também mencionou que a partir de 2028, a Porsche vai oferecer uma gama mais equilibrada de motorizações, incluindo gasolina, híbridos e elétricos, como parte de um plano para garantir crescimento sustentável.
Apesar de ter atingido recordes de entrega em alguns mercados, o resultado financeiro do trimestre foi dramático.

A Porsche registrou um lucro operacional de apenas €40 milhões, uma queda brutal frente aos €4 bilhões obtidos no mesmo período de 2025.
A empresa atribuiu a queda a uma série de fatores, incluindo:
- Custos relacionados à realocação de portfólio;
- Desempenho abaixo do esperado na China;
- Impactos pontuais com atividades de baterias;
- E sobretaxas de importação, que devem custar cerca de €700 milhões este ano.
Como forma de compensar parte das perdas, a Porsche já iniciou um reposicionamento de preços em diversos mercados e promete continuar ajustando valores em 2025 e 2026 para proteger suas margens.
Apesar da forte queda no lucro, a empresa destacou um dado positivo: o fluxo de caixa automotivo aumentou de €1,24 bilhão para €1,34 bilhão, o que, segundo a montadora, demonstra “resiliência operacional mesmo em meio a condições adversas”.
Com mudanças importantes na linha de produtos e uma estratégia mais cautelosa para veículos elétricos, a Porsche parece buscar um reequilíbrio entre inovação e tradição — ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios financeiros e regulatórios de um mercado em plena transformação.
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