Não é raro ver colecionadores guardando carros de luxo com zero quilômetro, protegidos do tempo e da estrada, como relíquias para o futuro.
Mas neste caso, o proprietário de um Porsche 911 S/T decidiu fazer diferente: comprou o carro, rodou pouco mais de 1.200 km com ele e, mesmo assim, recusou uma oferta de US$ 726 mil — o equivalente a cerca de R$ 3,8 milhões.
O modelo em questão não é qualquer 911. Trata-se de um dos apenas 1.963 exemplares do 911 S/T produzidos pela Porsche, uma série que combina o motor do GT3 RS com construção ultraleve, câmbio manual e refinamentos voltados para quem gosta de pilotar de verdade.
E este exemplar ainda foi configurado de forma única.
O carro foi anunciado no site de leilões Bring a Trailer e chamou atenção por sua personalização detalhada.
Além do pacote Heritage Design de US$ 23.220, que inclui insígnias retrô, interior bicolor em couro e elementos estéticos exclusivos, o comprador original ainda pagou quase US$ 24 mil extras para pintar o carro na cor verde metálico, fora da paleta tradicional da marca.
A lista de opcionais ainda inclui sistema de som premium Bose, pedaleiras em alumínio e o pacote Sport Chrono — elevando o preço final de fábrica para US$ 291.712 (cerca de R$ 1,5 milhão).
Com tudo isso, o Porsche 911 S/T virou praticamente uma peça única no mundo.
Mesmo assim, o proprietário atual recusou uma proposta que ultrapassava o dobro do valor de fábrica.
Segundo os comentários no próprio leilão, o carro tinha tudo para ser vendido com lucro expressivo — algo em torno de R$ 2 milhões — mas o dono acredita que a valorização ainda não atingiu o teto.
A decisão dividiu opiniões. Alguns internautas elogiaram a visão de longo prazo, apostando que o S/T pode atingir cifras ainda mais astronômicas nos próximos anos, dado seu apelo entre colecionadores.
Outros, por outro lado, questionaram a lógica de recusar uma proposta tão generosa por um carro que já rodou e não está mais zero.
Vale lembrar que a Porsche limita de forma rigorosa a produção de edições especiais, e o S/T, com sua combinação de mecânica de pista e acabamento exclusivo, já é considerado por muitos como o ápice dos 911 de rua.
E como o mercado de carros raros vive em ciclos, é possível que quem hoje parece louco por não vender, amanhã esteja apenas colhendo os frutos da sua paciência.
Se o tempo confirmará essa aposta ou não, só saberemos nos próximos anos.
Mas uma coisa é certa: quando o assunto é Porsche, raridade e exclusividade continuam sendo sinônimos de valorização.
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