A Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos EUA (NHTSA) iniciou uma investigação que pode afetar mais de 1,1 milhão de picapes da Ram.
O motivo são falhas registradas no sistema de travamento da alavanca de câmbio, mesmo após os veículos terem passado por recall.
O problema envolve modelos com câmbio na coluna de direção, fabricados entre 2013 e 2018, abrangendo desde a Ram 1500 até a robusta 5500.
Ao todo, o governo recebeu 14 queixas relatando falhas no sistema de travamento de marchas após os reparos indicados pelos recalls 17V-821 e 18V-100.
Além disso, há seis relatórios adicionais envolvendo ferimentos e possíveis m o r t e s, que somam sete pessoas até o momento. Com isso, a agência decidiu aprofundar a análise sobre a eficácia das ações corretivas realizadas anteriormente.
O recall original, lançado em 2017, cobriu mais de 1,4 milhão de veículos da marca. A falha envolvia o sistema chamado BTSI (Brake Transmission Shift Interlock), que, quando ativado por longos períodos, poderia superaquecer.
Isso fazia com que a carcaça plástica se deformasse e a graxa interna perdesse sua eficiência, levando o pino de travamento a permanecer aberto.
Na prática, isso significava que o motorista poderia mover a alavanca de câmbio sem pressionar o pedal de freio — e até mesmo sem a chave na ignição.
Essa condição aumentava o risco de que o veículo se movesse sozinho, provocando acidentes por movimento involuntário (rollaway).
Já o segundo recall, lançado em 2018, envolvia um número menor de veículos — cerca de 180 mil unidades — mas com o mesmo problema, abrangendo modelos mais recentes.
Agora, com novos casos surgindo mesmo após a execução dos recalls, a NHTSA quer entender se os reparos foram realmente eficazes.
A investigação busca ainda apurar se há outras causas potenciais para os incidentes, além de verificar se o sistema BTSI continua vulnerável a falhas.
Por enquanto, não há orientação para que os donos levem os veículos às concessionárias, mas o andamento da apuração pode resultar em um novo chamado para reparos.
A Ram, que pertence ao grupo Stellantis, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova investigação.
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