A tarifa de 25% para carros importados praticada nos EUA está impondo uma série de dificuldades para fabricantes de veículos, tanto estrangeiros quanto americanos, já que não apenas os carros foram sobretaxados, mas também as peças.

Na Europa, mais três marcas estão tomando ações para lidar com essa nova realidade do mercado americano e as estratégias precisarão ser revistas para evitar o pior, ter que sair de fato dos EUA.

Na Lamborghini, por exemplo, a marca criou uma força-tarefa para lidar com a situação, capitaneada pelo CEO Stephan Winkelmann.

Com seus supercarros feitos essencialmente na Itália, apesar da base do Urus ser produzida fora da península itálica, a marca basicamente não tem como evitar a sobretaxa.

Não se sabe ao certo como irá driblar essa situação, mas os carros esportivos europeus ficarão mais caros por lá, praticamente exigindo uma reorganização do portfólio com versões mais completas e potentes para aumentar o valor agregado.

Pode ser que a Lamborghini compense o aumento tributário com customizações que deixem cada carro mais exclusivo e para isso não tem preço.

Essa preocupação com a tarifa de 25% não recai somente sobre a Lamborghini, já que nessa mesma semana, Alfa Romeo e Maserati também fazem movimentos para encontrar uma solução para o caso.

A Stellantis contratou a consultoria McKinsey para mitigar os efeitos da sobretaxa e fortalecer a imagem dessas duas marcas no mercado americano, com a marca do tridente seguindo exatamente essa opção de customização.

Na Maserati, a ideia é ampliar a personalização de seus carros para os clientes depositarem mais grana em carros que já estarão mais caros.

Ainda assim, já se espera por um volume de vendas menor em qualquer dos casos acima.

Como já observado no Brasil com o IPI e também com o imposto de importação, a estratégia de aumento do valor agregado impactará no bolso do americano.