
A Malásia acaba de entrar para o mapa da indústria de veículos elétricos com o lançamento do inédito Perodua QV-E, modelo que marca a estreia do país na produção de EVs 100% desenvolvidos localmente.
Diferente dos modelos anteriores da Perodua, todos baseados em projetos da Daihatsu, o QV-E rompe essa tradição e nasce com plataforma própria, criada em parceria com a austríaca Magna Steyr.
O novo hatch elétrico tem proporções compactas: são 4,17 metros de comprimento, 1,80 m de largura e apenas 1,50 m de altura, com entre-eixos de 2,68 m, medidas ideais para o uso urbano.
Apesar do porte contido, o QV-E entrega desempenho animador: o motor elétrico dianteiro oferece 204 cv e 29 kgfm de torque, suficientes para acelerar de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos — o Perodua mais rápido da história.
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A energia vem de uma bateria LFP (lítio-ferro-fosfato) de 52,5 kWh, fornecida pela gigante chinesa CATL, com autonomia declarada de até 370 km no ciclo WLTP.
O modelo suporta recarga AC de até 6,6 kW e carga rápida DC de até 60 kW, o que garante mais versatilidade no uso diário e viagens curtas.
Por dentro, o QV-E traz uma cabine moderna e inédita para os padrões da marca, incluindo bancos revestidos em couro, retrovisor interno digital e central multimídia de 10,25 polegadas.
Entre os equipamentos estão assistente de permanência em faixa, controle de cruzeiro adaptativo, câmera 360°, alerta de colisão com frenagem autônoma e rodas de liga leve aro 18.
Outro diferencial é o banco do motorista com ajuste elétrico, reforçando o apelo mais sofisticado do modelo dentro da linha da Perodua.
Para conter os custos, a Perodua adotou um modelo de leasing da bateria: o carro custa a partir de 80 mil ringgit (cerca de R$ 88 mil), mas o pacote inclui uma mensalidade de 297 ringgit (R$ 325) para o uso da bateria.
Esse sistema garante a substituição do componente caso a saúde da bateria caia abaixo de 70%, oferecendo uma garantia indireta ao consumidor sem encarecer o valor inicial do veículo.
O projeto custou 800 milhões de ringgit (R$ 880 milhões) e é fruto direto da política do governo malaio para incentivar a produção nacional de veículos elétricos.
Mesmo com o pioneirismo e a tecnologia envolvida, o QV-E já enfrenta competição acirrada: o rival Proton lançou o e.Mas 5, baseado no Geely EX2, com preço inicial de apenas 56.800 ringgit (R$ 62 mil), 30 kWh de bateria e autonomia de 225 km.
Ainda assim, a Perodua confia no apelo tecnológico e na proposta urbana do QV-E, e projeta vendas de até 3 mil unidades por mês — número ambicioso para um carro que é, até agora, o mais caro da marca.
Fundada em 1993, a Perodua superou a Proton no mercado interno com foco em carros pequenos e acessíveis, baseados em modelos japoneses.
Com o QV-E, a montadora pretende inaugurar uma nova fase, deixando de ser apenas uma montadora de reestilizações da Daihatsu para se tornar referência em inovação automotiva no Sudeste Asiático.
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