Marcas de luxo europeias já encontram dificuldades no mercado chinês

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A China ainda é a galinha dos ovos de ouro para muitos fabricantes de veículos internacionais, a maioria deles, mas isso tende a acabar para muitas dessas marcas, mesmo as de origem chinesa.

Numa guerra de preços sem fim na faixa até 300.000 yuans (R$ 229,6 mil), o mercado chinês está detonando algumas marcas, tanto estrangeiras quanto locais, mas essencialmente atuando numa faixa mais popular.

Bem acima dessa faixa de preços, as luxuosas, especialmente alemãs, estavam tranquilas até pouco tempo, já que a disputa de mercado ainda não havia chegado até elas, mas agora chegou…

Tendo que disputar a atenção de marcas de luxo chinesas com carros elétricos sofisticados, Audi, BMW, Porsche, Mercedes-Benz e Jaguar Land Rover sentiram o impacto nas vendas com os ventos da mudança, segundo o site Autocar .

Líderes de vendas entre os luxuosos na China, os fabricantes premium ainda deixam as marcas locais muito atrás, mas como sabemos, existe um trabalho de formiga para mudar a realidade do mercado local.

A Volkswagen acusou uma queda forte no mercado de luxo da China, onde as vendas do grupo caíram 33%. A Porsche culpou a “tensão econômica atual no mercado chinês e o foco em vendas baseadas em valor”.

Isso significa que marcas com aspirações premium, fazem descontos e cortes de preços) em seu relatório financeiro pela queda. A “popular” do luxo chinês, a Audi, acusou que seus lucros na China caíram 30%, com queda de 7,3% nas vendas.

A Jaguar Land Rover é outra que caiu 7,3% no primeiro semestre. Richard Molyneux, CFO da JLR comentou: “Estamos prestando muita atenção à China. Certamente há sinais de que a demanda não está no nível que gostaríamos de ver daqui para frente.”

No caso da BMW, a retração foi de 4,3% no mesmo período e a parceria com a Brilliance continua firme, mas a conterrânea Mercedes-Benz foi a que mais perdeu: 9% de queda na primeira metade de 2024.

Ola Källenius, CEO da Mercedes-Benz, explicou: “Uma parte disso, tenho certeza, está relacionada ao setor imobiliário”.

Källenius continuou: “A economia para as pessoas de classe média alta foi aquele apartamento adicional para alugar que estava subindo e subindo e subindo. Se você se sentir rico, comprará um carro. Se não, não compre.”

Uma das saídas para as marcas de luxo é apostar forte na eletrificação para combater as luxuosas “greentechs” chinesas, até mesmo adotando a expressividade visual para conquistar os jovens. Dará certo? Só o tempo dirá.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X