A Maserati, tradicional fabricante italiana de carros esportivos e uma das marcas mais desafiadoras dentro da Stellantis, está apostando alto na personalização para impulsionar sua recuperação.

Em meio a um desempenho abaixo do esperado, a marca intensifica seus serviços exclusivos enquanto reavalia sua estratégia de negócios.

Com somente 11.300 unidades vendidas no último ano — uma queda significativa em relação aos 26.600 veículos comercializados em 2023 — a Maserati registrou um prejuízo operacional ajustado de € 260 milhões.

Seu plano de expansão, que incluía novos lançamentos, foi suspenso no ano passado e agora está sob revisão.

Santo Ficilli, CEO da Maserati há menos de seis meses, comenta: “Precisamos mudar essa trajetória negativa. Nosso objetivo é claro: trazer essa marca icônica de volta ao crescimento dentro da Stellantis”.

Enquanto a gigante automotiva busca um novo CEO após a saída inesperada de Carlos Tavares, os rumores sobre uma possível venda da Maserati foram descartados repetidamente pela empresa.

Outro desafio no radar da marca é o impacto das tarifas automotivas nos Estados Unidos, que podem ser implementadas em breve.

Ficilli diz mais: “Ainda há incertezas sobre as taxas, e elas podem até ser adiadas. Estamos atentos e prontos para reposicionar nossos produtos no mercado americano, se necessário”.

Para atrair clientes e fortalecer a exclusividade da marca, a Maserati investiu € 11 milhões em um novo setor de personalização chamado Officine Fuoriserie Maserati, localizado em sua icônica sede em Modena.

A ideia é oferecer opções exclusivas de pintura e acabamentos internos sob medida para os clientes mais exigentes.

Segundo Davide Baldini, líder do programa Fuoriserie, a meta é elevar a participação desses pedidos customizados para cerca de 20% da produção total da marca — um salto em relação aos 12% do ano passado.

A nova estrutura permitirá a fabricação de até 24 modelos personalizados por dia, reforçando o posicionamento da Maserati como uma marca de luxo altamente exclusiva.