Em 1989, um cidadão japonês está junto da esteira de bagagens no aeroporto internacional de Nagoia, no Japão. Ele aguarda pacientemente por sua mala de viagem e, após retirar o objeto de 32 kg do dispositivo de rolagem, desliza com o mesmo pelo saguão até a saída no desembarque.

Já na calçada, o japonês não espera por um motorista ou simplesmente acena para um táxi. Ele abre a mala, senta-se sobre a mesma e, dali mesmo, sai dirigindo-a até em casa, enfrentando o terrível trânsito da metrópole japonesa.

Movida à gasolina, essa estranha mala que anda era um desenvolvimento do fabricante de veículos Mazda, bem conhecida das séries de tokusatsu e super sentai que tanto amamos.

Chamada de “Suitcase Car”, a “mala” era um pequeno triciclo montado em seu interior, que parecia mais um kart. Tendo um pequeno motor a gasolina num dos lados, a bagagem motorizada contava também com um pequeno tanque e um banquinho para o piloto/motorista.

O garfo da roda dianteira era retrátil e móvel, assim como o guidão, que ao serem dobrados, cabiam dentro da mala. Discreta, a enorme mala Samsonite passaria despercebida em qualquer aeroporto no final dos anos 80.

Com 30 polegadas de comprimento e 22 polegadas de altura, ela podia ser levada do modo antigo, na horizontal, ou empurrada na vertical, já que tinha rodinhas. Dentro, nenhum agente de embarque imaginaria um motor de 2 tempos com 34 cm³ e 1,5 cavalo.

A “Suitcase Car” podia simplesmente alcançar 32 km/h e dispensar qualquer táxi ou transporte coletivo da época, sendo que poderia ainda receber faróis para rodar durante a noite.

Na época, a invenção era genial para quem queria vencer o trânsito caótico do Japão e assim economizar não só em tempo, mas também em custos de deslocamento com táxis.

Seria viável hoje? A “Suitcase Car” exatamente não, mas os japoneses não desistiram de miniaturizar coisas e existem alguns patinetes elétricos que você pode carregar como se fosse uma maleta. E o melhor disso é que não queimam gasolina, poupando o meio-ambiente.