McLaren admite: não tem pressa para lançar carro elétrico e aposta na combustão por “muito tempo”

mclaren 750s le mans 1
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Faz mais de uma década desde que a McLaren apresentou ao mundo seu primeiro supercarro eletrificado, o icônico P1, que combinava um V8 biturbo de 3.8 litros com motores elétricos para entregar 903 cv em 2013.

Com esse histórico de ousadia tecnológica, era de se esperar que, em 2025, a fabricante britânica já tivesse ao menos um carro totalmente elétrico nas ruas. Mas isso não aconteceu — e, segundo o novo CEO da marca, Nick Collins, não vai acontecer tão cedo.

Em entrevista ao The Drive, Collins foi direto ao abordar a eletrificação: a McLaren não está com pressa para lançar um EV.

A marca, segundo ele, continuará fiel à combustão por um bom tempo ainda, especialmente diante de um cenário regulatório global completamente fragmentado.

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mclaren w1 (3)
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“O mundo está mudando em ritmos muito diferentes, com ambientes regulatórios muito distintos”, explicou Collins.

“A China está avançando rápido nos EVs, os EUA nem tanto. Europa e Reino Unido estão em posições diferentes, e ainda veremos se essas posições se sustentam ao longo do tempo. Mas, de forma clara, o motor a combustão ainda terá papel central na McLaren por um bom tempo.”

Questionado se a marca cogita um elétrico no futuro, a resposta foi pragmática: “Consigo imaginar um EV em algum momento? Sim. Mas estamos com pressa para isso? Não.”

Seu antecessor, Michael Leiters, havia revelado em 2023 que a marca já trabalhava em um trem de força 100% elétrico. No entanto, nenhuma atualização oficial foi divulgada desde então.

mclaren artura spider 3
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E, convenhamos, calendários de eletrificação estão sendo constantemente postergados: Ferrari, Lamborghini e outras rivais já admitiram que seus EVs só devem estrear no fim da década, citando baixa demanda do mercado.

Collins, antes de assumir o comando da McLaren, havia liderado a startup de luxo Forseven, que chegou a ser fundida com a McLaren antes mesmo de lançar um carro.

Muita gente presumiu que se tratava de uma marca focada em EVs, mas Collins agora diz que isso nunca foi o plano real.

“A proposta principal era criar uma nova marca britânica de luxo, não uma marca britânica de EVs”, esclareceu. “As pessoas preencheram os espaços em branco com suposições — faz parte do mistério em torno de startups.”

mclaren speedtail azul leilao (1)
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Apesar da relutância em lançar um EV puro, a McLaren não está parada no tempo.

O supercarro Artura já utiliza um V6 biturbo combinado com motor elétrico axial, e o futuro W1, considerado o novo “halo car” da marca, contará com propulsão híbrida para entregar nada menos que 1.275 cv.

Para Collins, o recado é claro: a McLaren continuará avançando tecnologicamente, mas dentro da sua lógica e respeitando o tempo de cada mercado.

E nesse cenário, onde o mundo caminha em ritmos diferentes, não faz sentido correr para lançar um EV apenas por pressão.

“É uma questão de estratégia, não de atraso”, parece dizer o novo CEO ao reafirmar que a combustão ainda tem espaço — e muito fôlego — no DNA da McLaren.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.


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