
A estratégia da BYD para enfrentar a Tesla é simples: construir, crescer e dominar.
A montadora chinesa de veículos elétricos está em plena ofensiva global, e sua principal arma tem sido a escala de produção.
A maior prova disso é a impressionante expansão da fábrica de Zhengzhou, na China, que já supera a Gigafactory da Tesla no Texas em área construída.
A planta de Zhengzhou começou a ser erguida no fim de 2021 e iniciou a produção em abril de 2023.
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Desde então, se transformou rapidamente em uma das mais importantes instalações da BYD, com capacidade para montar cerca de um veículo por minuto. Em 2024, foram produzidas 545 mil unidades no local.
Imagens de satélite recentes revelam que o complexo mais do que dobrou de tamanho entre julho de 2023 e setembro de 2025.
Segundo análise da empresa Vantor, a fábrica já ocupa cerca de 22,5 km² — mais de seis vezes a área da Gigafactory de Austin, que tem cerca de 3,5 km².
Além da impressionante área de produção, a planta conta agora com uma pista de testes aberta ao público, inaugurada em agosto de 2025.

Com 15.300 m², a estrutura inclui uma duna de 29 metros de altura formada por 6.200 toneladas de areia — a maior do tipo no mundo —, uma piscina de 70 metros para testes aquáticos, e um círculo de baixa fricção feito com 30 mil blocos de basalto, ideal para testar manobras de drift com os modelos esportivos da marca.
Essa pista serve, por exemplo, para avaliar o desempenho do Yangwang U8, um SUV híbrido de R$ 750 mil capaz de flutuar por curtos períodos. A piscina de testes, inclusive, possui uma janela submersa para observações em tempo real.
A BYD também recebeu aprovação ambiental para construir novas linhas de produção no local, incluindo uma fábrica de baterias operada pela subsidiária Zhengzhou Fudi Battery Co., além de linhas específicas para moldes e placas protetoras de bateria — estas últimas com capacidade para atender até 4,7 milhões de veículos por ano.
O número de funcionários reflete esse crescimento agressivo: a fábrica já empregava cerca de 60 mil pessoas no início de 2025, com expectativa de contratar outros 20 mil ainda no primeiro semestre.

Mas nem tudo são flores. Apesar da expansão física, a BYD começou a sentir os efeitos de um mercado interno mais saturado.
Em setembro e outubro de 2025, as vendas da marca caíram pela primeira vez em 18 meses. Os lucros do terceiro trimestre despencaram 33%, pressionados por uma guerra de preços no mercado chinês e medidas governamentais contra descontos agressivos.
Mesmo assim, a empresa segue firme em seu plano de ultrapassar a Tesla como a maior vendedora de veículos elétricos do mundo.

Até o momento, as vendas da BYD na Europa cresceram 300% em 2025, enquanto as da rival americana despencaram. Para sustentar essa ofensiva, a marca pretende abrir 1.000 lojas no continente até o fim de 2026.
A expansão internacional vai além da Europa. A BYD está construindo fábricas em países como Hungria, Turquia, Brasil, Indonésia e Tailândia, além de investir em uma frota de navios próprios para transportar seus veículos pelo mundo.

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