Parece que a conta no título não fecha e é exatamente isso o que chama atenção no novo caminhão da Mercedes-Benz, conhecido como eActros 600, que acaba de iniciar suas vendas na Europa.

Sendo uma resposta direta ao Tesla Semi, o Mercedes-Benz eActros 600 pode percorrer 500 km sem recarga de sua bateria de lítio de 621 kWh.

Então, como um cavalo mecânico elétrico com um semi-reboque e um PBTC de 44 toneladas, pode rodar o dobro do alcance de sua bateria?

Bem, segundo a Mercedes-Benz, se o condutor fizer as recargas rápidas nas paradas determinadas, o eActros 600 pode rodar tranquilamente 1.000 quilômetros por dia com carregamento intermédio durante as pausas legalmente prescritas.

Em cada parada com uma estação de 400 kW, o Mercedes-Benz eActros 600 pode dar uma pausa na viagem de apenas 30 minutos para carregar até 80% da bateria.

Permitindo transportar 22 toneladas de carga útil num semi-reboque comum, o Mercedes-Benz eActros 600 tem um motor elétrico de 544 cavalos e pico de 816 cavalos.

Com os custos de energia na Europa, apesar de custar até 2,5 vezes mais que um equivalente a diesel, segundo a marca, o eActros se paga a partir de um período médio de manutenção do veículo de cerca de cinco anos ou após cerca de 600.000 quilômetros.

Tendo durabilidade igual ao de um caminhão diesel, o Mercedes-Benz eActros 600 tem uma garantia de 10 anos ou 1,2 milhão de km rodados sem problemas que parem o veículo.

Isso inclui logicamente as três baterias do pacote e o propulsor elétrico, montado sob uma nova cabine com design “clean”, considerado pela marca como mais eficiente aerodinamicamente.

O visual limpo da cabine com a parte inferior tendo grade e um conjunto ótico full LED, o Mercedes-Benz eActros 600 chama atenção por suas formas distintas do Actros a diesel.

Dentro, amplo espaço e conforto dignos para qualquer caminhoneiro, incluindo ainda uma beliche e retrovisores por meio de câmeras reproduzidas em telas verticais nas colunas.

Vem? Seria uma boa, mas somente se houver algum incentivo por parte do governo ou pelo movimento do próprio setor devido aos custos do diesel.