
A Toyota está reduzindo a marcha quando o assunto é a infraestrutura de carregamento rápido para seus veículos elétricos no Japão.
Em vez de cumprir a promessa feita em 2021 de equipar todas as suas concessionárias domésticas com carregadores de alta velocidade até 2025, a montadora agora prevê atingir apenas 500 unidades até março de 2026.
Atualmente, existem 390 carregadores rápidos instalados em sua rede nacional, além de cerca de 3.800 pontos de carregamento convencional.
A justificativa da Toyota para essa mudança de rota está no uso real e na demanda de cada local, segundo um porta-voz da empresa.
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A declaração joga um balde de água fria nas expectativas geradas quando a montadora prometeu lançar 30 novos EVs até 2030, como parte de sua estratégia global de eletrificação.

Agora, o discurso é mais comedido e baseado em “necessidades reais”, em vez de metas numéricas ousadas.
Enquanto a Toyota pisa no freio, rivais como Nissan e Mitsubishi seguem acelerando.
A Nissan já tem cerca de 90% de suas concessionárias equipadas com carregadores rápidos, e a Mitsubishi supera os 94%.
Ambas as montadoras foram pioneiras na adoção da tecnologia elétrica no Japão e seguem liderando quando o assunto é infraestrutura de apoio.
O governo japonês também traçou metas ambiciosas: até 2030, o país quer alcançar 30 mil carregadores rápidos espalhados por locais estratégicos como postos de gasolina, lojas de conveniência e estacionamentos públicos.

A estimativa é de que metade das 20 mil concessionárias de automóveis no país esteja equipada com carregamento rápido até lá.
Apesar do discurso de inovação, a Toyota parece enfrentar dificuldades para adaptar sua imensa estrutura ao novo cenário.
O CEO da empresa, Koji Sato, já admitiu que talvez seja necessário revisar a meta de vender 1,5 milhão de EVs por ano até 2026.
A companhia, historicamente líder em veículos híbridos, ainda mostra certa resistência em migrar com força total para os 100% elétricos.
Essa hesitação ocorre em um mercado que ainda prefere híbridos, o que ajuda a explicar a lentidão na adoção em massa dos EVs.

No entanto, a demanda global por eletrificação cresce rapidamente, e a postura conservadora da Toyota pode custar caro no futuro, especialmente diante da concorrência internacional mais agressiva.
A queda nas vendas no mercado japonês, combinada com o crescimento da empresa em regiões como China e América do Norte, também revela onde estão as prioridades da Toyota neste momento.
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