México fica com medo da pressão dos EUA e encerra incentivos a montadoras chinesas

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O governo federal mexicano vai acabar com incentivos para montadoras chinesas, depois de ser pressionado pelos EUA. O medo do país norte-americano é que o México seja usado pelos chineses para evitar o pagamento de impostos.

Apesar de cerca de 20 fabricantes chineses venderem carros no México, nenhum deles construiu uma fábrica ali.

O histórico do México mostra que o país sempre foi favorável a dar incentivos generosos a montadoras, como terrenos grátis e fornecimento mais em conta de água e eletricidade, para fazer com que essas empresas montem fábricas em seu território.

Mas esse histórico está mudando, pelo menos em relação a empresas da China.

Na última reunião com representantes do governo mexicano e diretores da BYD, os chineses foram informados de que não receberão incentivos para montar fábricas ali. É o que informa a agência Reuters.

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E não foi só isso, o governo do México está, no momento, cancelando todas as reuniões futuras com montadoras chinesas.

Tudo isso é resultado de pressão vinda do departamento de comércio dos EUA, que estão fazendo tudo que podem para manter as montadoras chinesas fora da área de livre comércio da América do Norte.

O governo dos Estados Unidos não confirmou para a Reuters se eles tiveram um papel no fim dos incentivos para as marcas chinesas, mas a resposta a essa pergunta é óbvia.

O que o tal departamento disse para a Reuters é que o acordo entre os três países da América do Norte, chamado de United States-Mexico-Canada Agreement (USMCA), não deve servir como uma porta dos fundos para que a China e outros países acessem o seu mercado sem pagar impostos.

Se uma empresa como a BYD conseguisse montar uma fábrica no México, e 75% das peças de seus modelos forem fabricadas na América do Norte, ela poderia vender nos EUA e no Canadá sem pagar nenhum imposto de importação.

E é claro que os mexicanos não querem irritar os EUA, já que o acordo USMCA vai ser revisado no ano de 2026.

As marcas chinesas estão trabalhando de maneira muito forte para expandir suas vendas a novos países, e um exemplo disso é o avanço rápido que a BYD está conseguindo no Brasil.

Mas, ao mesmo tempo, os governos de vários países acreditam que subsídios do governo chinês para essas empresas dêem a elas uma vantagem injusta perante empresas européias e americanas, permitindo que elas vendam carros elétricos a preços que ninguém consegue bater.

Empresas como Xpeng, Dongfeng e Nohgqi entraram no mercado europeu, mas por enquanto estão sendo barradas dos EUA por causa de um imposto de importação de 27,5%.

Elas até poderiam vender ali, mas os seus preços ficariam muito altos, próximos aos de marcas bem mais famosas e tidas como confiáveis.

O lobby das montadoras dos EUA continua forte junto ao governo de seu país. O senador Marco Rubio está propondo aumentar ainda mais as taxas em cima de carros elétricos chineses.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.