MHEV: sigla do híbrido flex é a bola da vez no Brasil

golf mhev
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Muito se fala em híbrido flex no Brasil e boa parte das pessoas devem estar imaginando algo semelhante aos Toyota Corolla e Corolla Cross, com todo o aparato de modo elétrico duplo (MG1 e MG2) e uma enorme bateria a bordo.

Mas, não será assim para maioria dos carros estão sendo atribuído o termo “híbrido flex”. Ainda que o híbrido como dos japoneses citados (HEV) e dos chineses como o BYD King (PHEV), o domínio das vendas deve ficar com o MHEV.

O Mild Hybrid Electric Vehicle, conhecido popularmente como híbrido leve ou micro híbrido, será a bola da vez no mercado brasileiro por vários motivos e um deles é o custo, muito menor que aquele que a Toyota tem com sua dupla de médios feitos no interior de São Paulo.

mhev 48v 1

Já encontrado nos nacionais Caoa Chery Tiggo 5x e Tiggo 7 feitos em Anápolis, o MHEV é a forma mais simples e barata de eletrificação, ainda que não traga a mesma eficiência energética que os outros dois citados.

Todavia, para cumprir regras do programa Mover, está dentro do que os fabricantes podem pagar e ainda assim manter seus carros em dia com os preços.

Com o Proconve L8 longe de empurrar as montadoras nessa direção, o Mobilidade Verde busca algo melhor que ajustes nos motores atuais, como a GM fará em seus CCS Prime, por exemplo.

Conceitualmente, o MHEV consiste em um motor elétrico que também é gerador, que ocupa o lugar hoje do alternador e como tal, é ligado ao motor a combustão por meio de correia.

mhev 48v

Trabalhando com um conversor AC/DC e uma bateria de lítio pequena de 12 ou 48 volts, normalmente de menos de 1 kWh, o MHEV permite adicionar alguns cavalos e torque nas acelerações.

Ele também permite o desligamento do motor em desacelerações e na função do Start&Stop. Isso, claro, dependendo da proposta da marca, já que nem todos desativam o propulsor em cruzeiro.

tiggo 5x hybrid
tiggo 5x hybrid

A vantagem do MHEV sobre os HEV e PHEV (que tem recarga externa da bateria) é o custo, já que estes itens podem mais rapidamente serem calibrados ao motor atual, que já é flex.

Tecnicamente, qualquer carro nacional hoje pode ser “híbrido flex” nestes termos. Mesmo assim, cada dólar para uma montadora num país onde os custos de produção são altos e a cadeia de suprimentos está aquém do desejado, conta muito.

tiggo 7 pro hybrid max drive 1
tiggo 7 pro hybrid max drive 1

Assim, o MHEV não será encontrado em todos os carros, mas na Fiat com os Pulse e Fastback, provavelmente, ainda este ano. Também será visto nos dois SUVs que a VW fará na Anchieta daqui a três anos…

A GM também irá na mesma pegada com possivelmente Tracker e o Seeker. A Hyundai deve fazer o mesmo no Creta, assim como a Kia faz no Sportage e Stonic importados. Renault e Nissan também deverão valer-se disso, entre outras.

Mesmo a japonesa Toyota já usa o MHEV na Hilux e SW4, porém, feitas no exterior, mas os exemplares argentinos chegarão em breve com a mesma tecnologia, embora seja no diesel.

Mesmo assim, HEV e PHEV igualmente flex são prometidos, só não se sabe quando chegarão…

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X