Mitsubishi interrompe distribuição de carros para os concessionários americanos; mercado dos EUA indo ladeira abaixo

mitsubishi mirage eua (1)
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Vai sobrar muito espaço nos pátios dos concessionários da Mitsubishi nos EUA, porém, nos terminais portuários do país, as vagas para carros da montadora japonesa deverão ser mínimas.

O motivo é que a Mitsubishi interrompeu todas as exportações de carros para a “América” e os carros que já estão em trânsito marítimo ou nos pátios dos portos dos states, não sairão da área alfandegada.

Com a atual política americana do tarifaço de 25%, marcas como a Mitsubishi simplesmente não conseguirão sobreviver no mercado americano e, por isso, a ordem é suspender tudo por ora.

Sem distribuição para os revendedores americanos, a Mitsubishi diz que tem estoques pré-tarifaço para atender a demanda dos consumidores.

Por lá, a Mitsubishi tem uma rede de 330 concessionários que não receberão mais carros até que a política atual de Washington seja revisada ou que a marca japonesa encontre uma alternativa, que atualmente não existe.

Segundo a Cox Automotive, a Mitsubishi tem estoques para 79 dias de vendas, considerando somente os dias úteis, o que lhe dá pouco mais de dois meses para esperar por mudança na política comercial dos EUA.

A Cox diz que a média do mercado americano é de 70 dias, então, a Mitsubishi estaria confortável nesse aspecto, porém, isso é de fato ilusório, já que ninguém dorme no setor automotivo americano desde o primeiro ato do atual governo em relação ao comércio dos EUA.

Nos EUA, a Mitsubishi é bem mais eclética que no Brasil, onde o foco é SUV e 4×4, com carros compactos importados do Sudeste Asiático e do Japão.

Todavia, mesmo no admirável novo mundo automotivo que ainda é o mercado americano, a Mitsubishi se junta ao time de marcas que de alguma forma interromperam as exportações para os EUA.

Aston Martin, Audi, Lotus e Jaguar Land Rover também cortaram o envio de carros para os EUA, enquanto a Infiniti cortou dois SUVs feitos no México e a Volvo encerrou a carreira americana do S90.

Isso sem contar cortes de produção e gente em plantas do México e do Canadá. Enfim, se algo não mudar, o mercado americano continuará indo ladeira abaixo até uma potencial implosão que pode se transformar em mais uma crise mundial. Mais uma para a conta do Tio Sam…

 

 


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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X