
Enquanto grandes montadoras ainda disputam espaço no segmento de picapes elétricas com modelos robustos e caríssimos, uma pequena startup americana vem chamando atenção com uma proposta oposta: um utilitário compacto, prático e surpreendentemente eficiente.
A TELO Trucks, sediada na Califórnia, anunciou a captação de US$ 20 milhões em sua rodada Série A, e entre os principais investidores está ninguém menos que Marc Tarpenning, cofundador da Tesla.
A proposta da TELO é ousada. Seu modelo MT1 tem dimensões comparáveis às de um Mini Cooper, mas traz uma caçamba extensível de até 2,4 metros, espaço para cinco adultos e tração integral.
Mesmo com esse tamanho reduzido, a marca promete autonomia de até 350 milhas em algumas versões, o que dá 560 quilômetros.
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Tudo isso com preço inicial de US$ 41 mil antes de incentivos fiscais, o que posiciona o modelo como uma opção competitiva frente aos gigantes do setor.
Em um universo dominado por cifras bilionárias, a startup já havia arrecadado apenas US$ 8 milhões até agora. Mesmo assim, conseguiu entregar dois protótipos funcionais do MT1, o que impressiona pelo nível de eficiência de capital.
Agora, com os novos recursos, a meta é atingir o estágio de prontidão para produção e passar por todas as certificações necessárias para rodar legalmente nos Estados Unidos.
Um dos diferenciais mais curiosos do MT1 é sua praticidade no dia a dia urbano. A caçamba pode ser adaptada para carregar tábuas de madeira planas, sem que o volume comprometa a dirigibilidade.
Além disso, a proposta do projeto visa atender moradores de grandes centros urbanos, onde picapes tradicionais enfrentam dificuldades por conta do tamanho exagerado.
Ao lado de Tarpenning, também liderou o investimento Yves Behar, designer industrial renomado e cofundador da própria TELO.
Ele declarou que a proposta da marca representa um novo paradigma para a mobilidade urbana, misturando design inteligente, praticidade real e desempenho respeitável. A empresa afirma já contar com mais de 12 mil reservas do modelo.
Outro ponto que pode transformar o projeto em algo ainda mais disruptivo é a intenção de integrar tecnologia solar da Aptera aos veículos.

Isso pode significar mais autonomia e menor dependência de recargas, especialmente em regiões ensolaradas — algo que pode atrair ainda mais o público interessado em inovação e sustentabilidade.
Apesar do capital levantado ainda ser considerado baixo para os padrões da indústria automotiva, investidores estão confiantes.
Joshua Phitoussi, sócio da TO VC, resumiu a filosofia da empresa: escalar com disciplina e manter os custos sob controle absoluto. Em um setor conhecido pelo desperdício e pela queima de caixa, a TELO tenta mostrar que é possível fazer diferente.
A presença de Tarpenning também reforça o apelo do projeto. Mesmo após anos longe dos holofotes, sua participação reacende o debate sobre o futuro da mobilidade elétrica e sobre a viabilidade de novos players em um mercado ainda dominado por gigantes.
Se a TELO conseguirá entregar o prometido com um orçamento enxuto, ainda é cedo para saber.
Mas uma coisa é certa: a startup já conquistou a atenção do mercado com um produto que foge dos padrões e promete resolver problemas reais de quem vive nas grandes cidades.
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