Montadoras querem carros mais simples; categoria com veículos sem assistentes irritantes é o desejo na Europa

dacia spring 2025 2
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Em setembro do ano passado , o NA publicou uma matéria com um estudo do Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), que revelou que muitos motoristas estavam enganando os sistemas de condução semiautônoma e de direção.

Todavia, nesse caso, os motoristas estavam negligenciando a segurança ao burlar os sistemas para não prestarem atenção na estrada e deixarem que os carros fizessem a maioria do trabalho sem supervisão humana.

Só que, da mesma forma que muitos querem se aproveitar (no duplo sentido mesmo) das tecnologias de assistência e automação de direção, outros querem se ver livres de tais tecnologias, consideradas irritantes por muitos.

Digitalização, inteligência artificial, condução autônoma, assistentes de todo tipo, entre outros, estão ganhando cada vez mais espaço nos carros, porém, eles estão deixando os automóveis mais caros.

Na Europa, montadoras como Stellantis e Renault estão pressionando Bruxelas para permitir a criação de uma nova categoria de carros baratos, nos moldes dos kei cars no Japão.

Lá, estes pequenos veículos de baixo custo e preço dominam 40% das vendas e ainda têm direito a não precisar de uma garagem.

No velho continente, os carros abaixo de € 15.000 perderam 100.000 unidades nos últimos anos e estão sumindo rapidamente.

Com a entrada em massa de chineses a preços convidativos, este segmento não tem como existir se as regulamentações atuais não mudarem.

Sem margem para manobra (lucro), fabricar tais carros pequenos e baratos significa prejuízo na certa e só até 2030, 120 novas resoluções entrarão em vigor na Europa, segundo John Elkann, presidente da Stellantis.

A ideia de Elkann é criar um “E-Car”, um carro elétrico de baixo custo para atuar nessa categoria. Luca de Meo, ainda presidente da Renault, insta países como França, Espanha e Itália a liderarem um movimento de carros de baixo custo.

Na opinião do executivo, dirigir um carro de 2,5 toneladas no dia a dia é um “absurdo”, sugerindo que veículos pequenos e baratos seriam mais eficientes no uso urbano da Europa.

Há demanda para isso? A resposta é sim e temos como exemplo a Dacia, que aprendeu com o Spring e já prepara seu Sandero elétrico.

Tais produtos sem os pacotes de assistência são bem mais baratos que similares mais completos e, como a própria Dacia sugere, os clientes desse segmento buscam um transporte pessoal eficaz e não um dispositivo móvel, literalmente.

Veículos como Twizy e Ami são interessantes, assim como os “quadriciclos” de outras marcas francesas, mas nem todo mundo quer andar em algo tão limitado, por isso marcas como a Dacia ainda apostam no básico. Agora, o próximo passo é tornar essa porta de entrada eletrificada…

[Fonte: Auto.cz ]



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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X