
O que deveria ter sido uma simples negociação de troca de carro virou um verdadeiro pesadelo judicial para Laura Halen, moradora de Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Depois de fechar um contrato de leasing por um novo veículo, Halen confiou que o vendedor responsável cuidaria de todo o processo de troca do seu Jeep Wrangler antigo, como é padrão nesse tipo de negociação.
Mas, em vez disso, ela acabou recebendo multas, faturas de pedágio e até um mandado de prisão.
Segundo informações divulgadas pelo NJ.com, o vendedor Argenis R. Checo, funcionário da concessionária Fette Kia, em vez de entregar o Jeep à loja de origem do leasing, simplesmente ficou com o carro para uso pessoal.
Veja também

Não bastasse dirigir o veículo, Checo teria passado a morar dentro do Jeep, acumulando infrações que ficaram todas registradas no nome de Halen, ainda oficialmente vinculada ao carro.
A cliente só descobriu o golpe meses depois, quando passou a receber notificações de infrações e cobranças de pedágios não pagos.
Em determinado momento, a situação evoluiu para a emissão de um mandado de prisão contra ela, por conta do acúmulo de multas não quitadas.
Ao perceber que algo estava errado, Halen entrou em contato com a própria concessionária, que inicialmente minimizou suas reclamações e negou qualquer má conduta por parte do vendedor.
Sem alternativas, ela decidiu procurar a polícia.

Foi apenas após uma investigação conduzida pela polícia de Verona, em julho de 2024, que o caso começou a se esclarecer.
Checo foi localizado com o Jeep, confirmando as acusações feitas por Halen. Ele acabou sendo formalmente acusado por “apropriação indevida” do veículo — uma forma de furto — e se declarou culpado em maio de 2025.
O prejuízo atribuído a suas ações foi calculado em US$ 1.016, valor que ele foi obrigado a pagar como parte do acordo judicial.
Após a confissão, Checo foi demitido pela Fette Kia.
Ainda assim, a responsabilização criminal não encerra a situação.
Laura Halen move um processo civil contra Checo e contra a própria concessionária, acusando-a de negligência na supervisão de seus funcionários.
Nos Estados Unidos, uma das vantagens ao entregar um carro como parte de pagamento é justamente deixar nas mãos da concessionária toda a responsabilidade pelo encerramento do contrato anterior e documentação de transferência.
No caso de Halen, o descuido do vendedor e a suposta omissão da loja quebraram essa confiança básica e colocaram a cliente em uma situação constrangedora e potencialmente perigosa.
Ainda não está claro se Laura chegou a sair da loja com o carro novo antes da formalização da troca do Jeep, o que poderia configurar uma prática conhecida como “yo-yo sale”, comum nos EUA.
Nesse tipo de venda, o cliente leva o carro para casa, mas depois é chamado de volta para renegociar, quando a concessionária alega que o financiamento não foi aprovado ou que houve algum erro.
Independentemente da configuração específica, o caso evidencia falhas graves no processo de entrega, controle e comunicação interna da concessionária.
Mesmo em locais onde não há proibição legal de dormir dentro do carro, o ponto essencial aqui é outro: não se pode simplesmente usar o veículo de outra pessoa sem permissão.
E, como tudo indica, esse foi exatamente o caso — uma quebra de confiança entre vendedor, cliente e loja, que agora terá de ser resolvida nos tribunais.
A história serve de alerta: por mais comum que seja deixar o carro antigo na troca por um novo, é sempre importante garantir que todos os passos burocráticos estejam documentados e concluídos.
Afinal, o que começa como um bom negócio pode terminar com mandado de prisão — mesmo sem culpa no cartório.
📨 Receba um email com as principais Notícias Automotivas do diaReceber emails
📲 Receba as notícias do Notícias Automotivas em tempo real!Entre agora em nossos canais e não perca nenhuma novidade:
Canal do WhatsAppCanal do Telegram
Siga nosso site no Google Notícias










