
Estacionar o carro na entrada de casa parece algo banal, mas um casal de San Francisco descobriu da pior forma que isso pode custar caro.
Tudo começou quando Judy e Ed Craine receberam uma multa equivalente a mais de R$ 7,8 mil por deixarem o carro na própria vaga em frente à residência.
O detalhe curioso é que a casa foi construída em 1910, numa época em que o Ford Model T ainda era uma novidade e o carro, um item raro.
Mesmo assim, a prefeitura alegou que o espaço utilizado pelo casal era irregular, por estar em uma área de recuo frontal, sem permissão específica.
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Enquanto os vizinhos com garagens convencionais não foram afetados, os Craines acabaram punidos após uma denúncia anônima.
O responsável pela fiscalização afirmou que a regra não permite “legalizar usos ilegais só porque passaram despercebidos por muito tempo”.

A revolta tomou conta do bairro e o caso ganhou repercussão após a emissora KGO-TV investigar o ocorrido.
A virada veio graças a um telespectador, especialista em imagens aéreas, que encontrou uma foto de 1958 mostrando um carro exatamente no local questionado.
A imagem histórica foi suficiente para comprovar o uso antigo da vaga, o que permitiu que o casal fosse “anistiado” pela prefeitura.
Com a nova evidência, o departamento de planejamento urbano arquivou a multa e regularizou a situação do imóvel.
O episódio gerou um efeito cascata: o prefeito Daniel Lurie propôs mudanças na legislação para evitar abusos como esse.
Na semana passada, a comissão de planejamento aprovou as novas regras, permitindo o estacionamento em áreas de recuo frontal em casos similares.
A nova norma limita o uso a dois veículos por entrada e proíbe o bloqueio das calçadas, para garantir a segurança dos pedestres.
O caso reacendeu discussões sobre o excesso de regulamentações em grandes cidades e o poder das denúncias anônimas.
Em Jacksonville, na Flórida, uma proposta semelhante causou polêmica ao tentar proibir motoristas de estacionar de ré nas próprias casas.
A justificativa? Impedir que veículos com documentação vencida ficassem escondidos da fiscalização, com as placas voltadas para dentro.
Felizmente, a proposta bizarra foi engavetada antes de virar lei, mas expôs o quanto certas medidas públicas beiram o absurdo.
Enquanto isso, os Craines ainda se perguntam quem fez a denúncia que quase os deixou sem a vaga da própria casa.
Mais do que um problema pontual, o episódio levanta uma questão maior: até que ponto a burocracia pode invadir a vida privada?
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