Você compraria um carro de mais de R$ 1,7 milhão sabendo que ele é mais lento do que um rival que custa quase metade disso?
Pois é exatamente essa a polêmica envolvendo o novo Ford Mustang GTD 2025.
Com preço inicial de absurdos 327.960 dólares, esse muscle car ultrajante promete desempenho de pista e um nível de exclusividade poucas vezes visto em um modelo com nome Mustang.
Mas a pergunta continua no ar: vale mesmo tudo isso?
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O carro conseguiu registrar uma volta em Nürburgring em impressionantes 6 minutos e 52 segundos. Sim, é um tempo que coloca o GTD em um grupo seleto de supermáquinas.
O problema? O Chevrolet Corvette ZR1, que custa “apenas” 173.000 dólares, foi ainda mais rápido no mesmo circuito. Para muitos, isso seria o suficiente para declarar o Mustang GTD um fracasso mercadológico.
Afinal, por que pagar quase o dobro por menos performance?
Mas a história vai além de cronômetros e comparações simplistas. O pessoal do canal SavageGeese, conhecido por análises profundas e nada apressadas, teve acesso ao Mustang GTD e saiu da experiência com elogios que fazem qualquer entusiasta parar para pensar.
Segundo os apresentadores Jack e Mark, o GTD oferece uma conexão emocional com o piloto que poucas máquinas conseguem igualar, mesmo na elite dos superesportivos.
Mark chegou a descrever o GTD como a melhor experiência que já teve numa pista, superado apenas pelo Porsche 911 GT3 RS. Ele elogiou não apenas a performance crua, mas a maneira como o carro transmite confiança e diversão ao volante.
Jack, por sua vez, não economizou nas palavras e disse que o Mustang GTD é uma das coisas mais incríveis que já dirigiu em sua carreira.
É claro que, na prática, isso não apaga o fato de que o carro é extremamente caro. O valor cobrado pela Ford coloca o Mustang GTD na mesma faixa de preço de imóveis de alto padrão em grandes cidades brasileiras.
A crítica fácil é dizer que quem compra um carro desses tem dinheiro sobrando — o que pode até ser verdade.
Mas essa crítica vale para qualquer carro desse nicho, seja um Mustang, um Corvette ou até um McLaren.
No fim das contas, o GTD não foi criado para vencer drag races de preço ou para ser o carro mais veloz de Nürburgring.
Ele foi feito para entregar uma experiência de pilotagem visceral, para ser exclusivo, e para provocar exatamente esse tipo de debate.
Se é loucura pagar tanto por um Mustang, pode ser.
Mas para quem tem a conta bancária certa e sabe valorizar uma máquina feita com foco absoluto em desempenho e sensações, talvez ele faça mais sentido do que parece à primeira vista.
O Mustang GTD 2025 é, acima de tudo, um carro que desperta emoções extremas — tanto de admiração quanto de crítica. E, nesse mundo automotivo cada vez mais racional e controlado por algoritmos, talvez essa seja sua maior virtude.
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