
A África do Sul é conhecida por ter um dos índices mais altos de roubos de carros à mão armada no mundo. O termo “carjacking”, que surgiu na imprensa dos Estados Unidos no início dos anos 1990, ainda encontra no país africano seu cenário mais violento.
De acordo com a empresa de rastreamento Tracker, entre julho e dezembro de 2024, mais veículos foram tomados com uso de armas do que furtados de forma convencional.
E modelos como a Ford Ranger Raptor são alvos preferenciais.
Diante disso, a procura por carros blindados se tornou um mercado crescente por lá.
No entanto, como esse tipo de proteção costuma ter um custo elevado, fora do alcance da maioria da população, a empresa sul-africana SVI Engineering desenvolveu uma alternativa mais acessível chamada SVI Lite.

Inspirada nos coletes à prova de balas, a SVI Lite cobre apenas os pontos mais vulneráveis do veículo: portas e vidros. A ideia é simples — e eficaz. Durante uma tentativa de roubo, é justamente nessas áreas que os criminosos costumam apontar a arma.
O nível de proteção é o B2, suficiente para deter disparos de pistolas 9 mm, muito comuns nesse tipo de crime. Cada conjunto pesa pouco mais de 15 kg e o vidro substituto é leve o bastante para manter o funcionamento normal dos vidros elétricos.
O serviço começa com dois modelos bastante populares na África do Sul: o Toyota Corolla Cross e a Ford Ranger. Em breve, a blindagem também estará disponível para Toyota Hilux, Toyota Fortuner e Ford Everest.
A SVI possui certificação como Modificadora de Veículos Qualificada pela própria Ford, o que confere maior credibilidade ao processo.
O custo da blindagem parcial é calculado por porta: no Corolla Cross, cada uma custa 54.950 rands (cerca de R$ 15 mil), enquanto na Ranger o valor é de 64.950 rands (aproximadamente R$ 18 mil).
A instalação leva cerca de duas semanas e é feita na sede da empresa, em Pretória.
Embora a realidade da África do Sul seja particularmente extrema, a crescente violência urbana e o aumento nos índices de roubos de veículos à mão armada têm sido observados também em outros países.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os casos de carjacking explodiram nos últimos quatro anos. Mesmo com a recente queda pós-pandemia, o alerta segue aceso.
A principal vantagem do assalto à mão armada, para os criminosos, é que ele evita os sistemas de segurança modernos dos veículos, como imobilizadores, alarmes e bloqueadores.
Ao tomar o carro diretamente do proprietário, todos esses obstáculos são contornados.
Com isso, soluções como a SVI Lite podem ganhar espaço em diferentes mercados, inclusive fora do continente africano. Afinal, o desejo por mais segurança é universal — e se vier por um preço mais acessível, melhor ainda.

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