
A crescente polarização em torno da imagem de Elon Musk e da Tesla está ultrapassando os limites do debate virtual e se transformando em ações agressivas no mundo real.
O mais recente episódio aconteceu em San Jose, Califórnia, quando um homem atacou fisicamente uma Tesla Cybertruck estacionada — sem saber que o dono do veículo estava a poucos metros, registrando tudo com as câmeras do carro e seu próprio celular.
O incidente ocorreu próximo a um cinema da rede Cinemark. Após o proprietário da picape, o influenciador digital Tigran Gertz, estacionar e se afastar, um Hyundai Ioniq 6 parou em uma vaga próxima.
Do carro saíram várias pessoas, entre elas um homem com um suéter rosa e cinza que, sem motivo aparente, se dirigiu até a Cybertruck e a chutou duas vezes com força.
O mais bizarro? Ele filmou a si mesmo cometendo o ato de vandalismo.

O que ele não sabia era que Gertz estava por perto, visível inclusive em um dos vídeos gravados. O influenciador abordou o agressor, que não respondeu e simplesmente entrou no cinema.
Gertz então acionou a polícia, seguiu o indivíduo até o interior da sala de exibição e mostrou aos oficiais as imagens captadas pelo sistema de segurança Sentry Mode da própria Cybertruck.
Minutos depois, os policiais interromperam a sessão do filme, localizaram o suspeito e o retiraram do local algemado.
Gertz registrou o momento em vídeo e publicou nas redes com a legenda: “A maioria das pessoas se livra do vandalismo, mas não esse cara”. Ele também confirmou que pretende processar o agressor formalmente.

O caso chama atenção não apenas pelo flagrante e pela reação rápida da polícia, mas também por ilustrar uma tendência preocupante:
Ataques a veículos Tesla vêm aumentando em diversas partes do mundo, muitas vezes motivados por rejeição à figura pública de Elon Musk ou pelo simbolismo que os carros da marca passaram a representar.
Em Washington, por exemplo, atos de vandalismo com mensagens grafitadas em Teslas já estão sendo tratados como crimes de ódio. E em alguns países europeus, ataques com fogo e pichações contra modelos da montadora têm se tornado cada vez mais frequentes.
O problema cresceu tanto que a Tesla chegou a instalar salas de segurança (“panic rooms”) em algumas de suas lojas, para proteger funcionários de possíveis agressões.
O episódio de San Jose mostra que, com a tecnologia certa, a resposta pode ser imediata.
O Sentry Mode, sistema presente em todos os modelos da Tesla, registra qualquer movimento suspeito ao redor do veículo e pode ser fundamental para identificar e responsabilizar autores de vandalismo — como ficou evidente neste caso.
Enquanto o debate sobre o impacto social e político da Tesla e de seu CEO continua acalorado, proprietários de veículos da marca precisam estar atentos.
Afinal, o carro elétrico que um dia simbolizou apenas inovação tecnológica agora também carrega, para alguns, uma carga ideológica — e, infelizmente, isso está se traduzindo em agressões no mundo real.

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