navio morning midas fotos guarda costeira (1)O navio cargueiro Morning Midas, que estava em chamas há algumas semanas, finalmente teve seu destino selado: afundou em águas internacionais, a cerca de 724 quilômetros a sudoeste de Adak, no Alasca.
O naufrágio ocorreu na tarde da última segunda-feira, levando consigo uma carga de mais de 3 mil veículos, incluindo centenas de modelos híbridos e dezenas de carros elétricos.
A embarcação, que navegava sob bandeira da Libéria, transportava exatamente 3.048 automóveis, sendo 681 híbridos e 70 elétricos.
Ainda que não haja confirmação oficial, especula-se que os EVs possam ter sido a causa inicial do incêndio, já que relatos apontam que as chamas teriam começado na área do convés onde esses veículos estavam posicionados.
O Morning Midas zarpou de Yantai, na China, no fim de maio, com destino ao México. No dia 4 de junho, quando o incêndio foi detectado, três navios que estavam nas proximidades foram acionados para prestar socorro.
Felizmente, os 22 tripulantes conseguiram abandonar o navio a tempo, utilizando um bote salva-vidas, e foram resgatados ilesos pela embarcação Cosco Hellas.
Apesar da magnitude do acidente, as autoridades norte-americanas informaram que até o momento não foram detectados sinais visíveis de poluição na área.
Mesmo assim, a Guarda Costeira dos Estados Unidos continua monitorando o local do naufrágio, especialmente porque o navio transportava cerca de 1.530 toneladas de combustível com baixo teor de enxofre e 350 toneladas de óleo marítimo.
Duas embarcações especializadas permanecem na região com equipamentos prontos para conter possíveis vazamentos.
O cargueiro afundou por completo às 17h35 (horário local), atingindo o fundo do oceano a uma profundidade de quase 5 mil metros.
O sumiço do navio levanta novamente questões sobre os riscos do transporte marítimo de veículos eletrificados e a dificuldade em conter incêndios com origem em baterias de lítio, que continuam gerando calor mesmo após controladas superficialmente.
Embora o impacto ambiental pareça ter sido, até o momento, minimizado, o incidente serve como alerta para as companhias marítimas e autoridades internacionais.
O transporte global de veículos eletrificados segue crescendo, e incidentes como este colocam em debate protocolos de segurança, preparação de tripulações e tecnologias embarcadas capazes de lidar com emergências envolvendo novas fontes de energia.
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