
A Jeep apresentou oficialmente a nova geração do Compass na Europa, marcando a estreia de um SUV completamente reformulado.
Com mudanças visuais marcantes e um pacote tecnológico muito mais avançado, o Compass 2026 chega para substituir um modelo que já mostrava sinais de envelhecimento.
Embora ainda não haja previsão oficial de lançamento para os Estados Unidos ou América Latina, a expectativa é que ele cruze o Atlântico em breve — com algumas adaptações regionais.
Por fora, o Compass ficou mais moderno e anguloso, adotando uma grade de sete fendas mais compacta, faróis retangulares e arcos de roda quadrados, alinhando-se com a linguagem visual atual da marca.

A traseira traz lanternas com um curioso desenho em “X” — que lembra o novo logo da Dacia — e o nome “Jeep” iluminado no centro do porta-malas.
Em tamanho, o novo Compass é cerca de 15 cm mais longo que seu antecessor, e 7,5 cm mais curto que o recém-aposentado Cherokee.
Mas é por dentro que o Compass realmente se transforma. A Jeep aposta em uma abordagem mais “clean” e digital, com uma tela central de 16 polegadas para o sistema multimídia e comandos sensíveis ao toque espalhados pelo painel e volante.
Os antigos botões físicos foram aposentados em nome da modernidade — ou, como explica Daniele Calonaci, chefe de design da Jeep Europa, em nome da limpeza: “Sem botões, sem frestas. E sem acúmulo de poeira.”

Poeira? Que desculpa mais esfarrapada, não?
Esses novos comandos capacitivos oferecem resposta tátil (haptic feedback), semelhante ao que já vemos em smartphones, para indicar que o toque foi reconhecido.
Ainda assim, há uma preocupação legítima: será que será intuitivo de usar no dia a dia? E o que dizer das manhãs frias em que será preciso tirar as luvas só para acionar o desembaçador traseiro?
O debate entre digital e funcional segue aceso, mas a aposta da Jeep é clara: o Compass de nova geração está mais tecnológico e moderno, ainda que isso signifique abrir mão de certos aspectos práticos.

Ao menos, ainda existem “botões” — mesmo que virtuais — em vez de menus intermináveis escondidos nas telas.
Sob o capô, a variedade mecânica também impressiona — pelo menos na Europa.
O novo Compass será oferecido com motor híbrido leve de 145 cv, híbrido plug-in de 195 cv e três versões 100% elétricas, com potências que vão de 213 até expressivos 375 cv, sempre com tração dianteira de série e opção de tração integral.
Isso posiciona o Compass como um dos SUVs compactos mais versáteis do mercado europeu.

Por ora, a Jeep mantém silêncio sobre o lançamento da nova geração em outros mercados.
Ao ser questionada sobre a chegada do Compass 2026 aos EUA, a marca repetiu a mesma declaração emitida durante o anúncio da paralisação da planta de Brampton, no Canadá, onde o Compass atual é montado: a empresa está “reavaliando sua estratégia de produto para oferecer opções de trem de força mais flexíveis”.
Enquanto isso, o novo Compass europeu já dá uma prévia de como a Jeep pretende reposicionar um de seus modelos mais populares: mais conectado, mais tecnológico, e — ao que tudo indica — pronto para o futuro elétrico da marca.
Agora resta saber quando o resto do mundo poderá conhecê-lo de perto.

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