
A Canoo foi um dos vários exemplos de startups americanas que foram para o vinagre e alguns fabricantes já estabelecidos, que também surgiram da mesma forma, correm perigo.
Esse é o caso da Nikola Motors, fabricante de caminhões que perdeu muito do status com o escândalo que envolveu o projeto da picape Badger.
Segundo a Reuters, a Nikola Motors está em situação muito difícil, com o caixa da empresa tendo US$ 464,7 milhões em dinheiro no final de 2023, não no final do ano passado.
Seu caixa e equivalentes de caixa caíram drasticamente para US$ 198,3 milhões no final de setembro, em comparação com US$ 464,7 milhões no final de 2023.
O site diz que a Nikola explora opções, incluindo vender partes de seus negócios ou a empresa inteira, enquanto enfrenta uma crise de caixa.
Nesta segunda (27), as ações da Nikola caíram 28% e pessoas familiarizadas com o assunto dizem que as alternativas incluem trazer parceiros ou levantar novos fundos.

Em 2024, as ações da Nikola perderam quase 96% de seu valor. Stephen Girsky, CEO da Nikola, disse que a empresa estava “conversando ativamente com muitos parceiros potenciais”.
Um relatório aponta que a Nikola vem perdendo terreno há bastante tempo, sempre lutando com altos custos relacionados ao aumento da produção de seu caminhão elétrico com célula de combustível.
A Nikola Motors apostou desde o início no hidrogênio, com caminhões usando esse combustível como forma de reduzir as emissões de carbono no transporte de cargas nos EUA.
A empresa fez uma parceria com a italiana Iveco para avançar no desenvolvimento e produção de caminhões pesados abastecidos com hidrogênio, focando mais o velho continente.
Numa proposta que é difícil de se manter com a atual política americana de favorecer religiosamente ações pró-combustíveis fósseis, a Nikola Motors tem de remar contra a maré nos EUA para tentar se salvar enquanto ainda há tempo.

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