Nissan entra em modo desespero e começa a demitir em massa nos EUA, por causa da crise profunda que atravessa

avaliacao nissan versa sense (6)
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A situação financeira da Nissan já não é mais um segredo na indústria automotiva.

A montadora japonesa está vivendo uma fase crítica e decidiu que é hora de agir com medidas drásticas — mesmo que isso signifique cortar na própria carne.

Funcionários nos Estados Unidos começaram a receber ofertas de desligamento voluntário, aumentos salariais por mérito foram suspensos em todo o planeta e um corte de empregos em larga escala está no horizonte.

O objetivo? Tentar salvar uma das marcas mais tradicionais do setor da falência.

nissan frontier pro 6
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A reestruturação, batizada de “Re:Nissan”, foi confirmada por um comunicado interno revelado nesta semana.

Nos Estados Unidos, o impacto já começou a ser sentido: a fábrica de Canton, no Mississippi, é uma das primeiras afetadas.

Lá, os trabalhadores estão sendo convidados a aceitar pacotes de desligamento , assim como funcionários de áreas administrativas como finanças, planejamento, recursos humanos e tecnologia da informação.

A liderança da Nissan afirma que as decisões são “estratégicas e limitadas”, mas já deixaram o clima entre os trabalhadores em total incerteza.

avaliacao nissan kicks play sense (2)
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Christian Meunier, CEO da Nissan Américas, tentou justificar as ações dizendo que elas são “cruciais para o retorno da Nissan ao caminho certo”.

Mas, nos bastidores, o cenário é de contenção desesperada de danos.

Além dos cortes de pessoal, a empresa já congelou todos os reajustes salariais para o atual ano fiscal, o que afeta trabalhadores em todas as regiões onde a marca atua.

O plano Re:Nissan não para por aí. A montadora anunciou que irá encerrar as atividades em 7 de suas 17 fábricas ao redor do mundo .

nissan india suv mpv 2
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Duas delas estão no Japão, e outra na Tailândia, embora mais unidades estejam sob análise. A produção de picapes será concentrada no México, encerrando operações também na Argentina.

A estimativa é que 20 mil empregos sejam eliminados até o fim do processo.

Como se isso não fosse alarmante o suficiente, a Nissan já colocou até a própria sede, em Yokohama, à venda. O edifício, símbolo da companhia, está avaliado em cerca de 100 bilhões de ienes, ou cerca de 698 milhões de dólares.

A venda deverá acontecer até março de 2026, segundo fontes ligadas à diretoria.

avaliacao nissan frontier attack (3)
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A Nissan também pretende reduzir o custo médio por funcionário em 20%, diminuir em 70% a complexidade de peças usadas na fabricação dos veículos e cortar o número de plataformas de 13 para apenas 7 até 2035.

É uma tentativa de racionalizar custos, simplificar operações e tentar manter a empresa respirando.

Tudo isso mostra que a Nissan está longe de sair do buraco. A montadora enfrenta uma tempestade que mistura má gestão, pressão do mercado global e queda na demanda. E quem paga a conta, como sempre, são os trabalhadores.



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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.