Em mais um capítulo da profunda reestruturação que a Nissan enfrenta, a montadora japonesa confirmou que vai encerrar as atividades de produção em sua tradicional fábrica de Oppama até o fim do ano fiscal de 2027.
O anúncio representa o fim de uma era para a planta inaugurada em 1961, que atualmente emprega cerca de 2.400 pessoas e já produziu modelos emblemáticos da marca, como o Bluebird, Cube, Juke e o elétrico Leaf.
Atualmente, a unidade fabrica os modelos Note e Note Aura, mas seu futuro já está selado dentro do programa de recuperação batizado de Re:Nissan.
Segundo o comunicado oficial, os modelos que seriam produzidos em Oppama serão transferidos para a fábrica de Kyushu, que também já monta o Serena, o X-Trail e o Rogue.
Apesar do encerramento das linhas de montagem, nem toda a estrutura do complexo será desativada. A Nissan manterá ativos o centro de pesquisa, o laboratório de crash tests e o terminal marítimo de Oppama.
Ainda assim, o encerramento da produção marca um duro golpe para a empresa e para a região.
A decisão faz parte de um plano mais amplo que prevê reduzir a capacidade global de produção da marca de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos — com exceção do mercado chinês.
O objetivo é aumentar a taxa de utilização das fábricas para cerca de 100% e consolidar o número de unidades produtivas de 17 para apenas 10.
Como parte desse enxugamento, a produção da van NV200 será encerrada na planta de Shatai Shonan em 2026, embora um sucessor esteja previsto para o ano seguinte.
O CEO da Nissan, Ivan Espinosa, admitiu que a decisão foi difícil, mas necessária.
“Hoje, a Nissan tomou uma decisão dura, mas vital. Não foi fácil, nem para mim nem para a empresa, mas acredito que esse é um passo essencial para superar nossos desafios atuais e construir um futuro sustentável”, declarou.
Segundo Espinosa, a marca continuará com presença ativa na região de Oppama, preservando seu legado e mantendo laços com a comunidade local.
Mas o fato é que a montadora enfrenta um processo doloroso de reestruturação em busca de eficiência e sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo.
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