
Como parte de sua reestruturação global, a Nissan acaba de anunciar a venda de sua sede mundial localizada em Yokohama, no Japão.
A operação, no valor de 97 bilhões de ienes (cerca de R$ 3,2 bilhões), inclui ainda um contrato de leasing de longo prazo, garantindo que a montadora continue operando no mesmo endereço pelos próximos 20 anos.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (horário do Japão) e marca mais um passo estratégico da fabricante japonesa para fortalecer seu caixa e manter a flexibilidade financeira em meio às mudanças estruturais na indústria automotiva.
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A operação vai gerar um lucro extraordinário de 73,9 bilhões de ienes (cerca de R$ 2,4 bilhões) para o atual ano fiscal, que se encerra em março de 2026, conforme detalhado em comunicado oficial.
O comprador dos direitos fiduciários sobre o terreno e o prédio é uma entidade chamada MJI Godo Kaisha.

O contrato de aluguel foi firmado com o Mizuho Trust & Banking, instituição financeira japonesa que está por trás da gestão do acordo. Os valores exatos do leasing não foram divulgados, a pedido dos compradores.
Segundo informações da Bloomberg, o negócio envolveu a venda dos ativos da Nissan por 90 bilhões de ienes a uma empresa de propósito específico, liderada por uma subsidiária da gestora de private equity KKR & Co., em parceria com o Minth Group, fabricante de autopeças com ações listadas em Hong Kong.
A KKR já era apontada como favorita na disputa pelos ativos desde agosto deste ano, quando fontes ligadas à transação revelaram que a empresa havia feito a maior oferta pelo complexo corporativo da Nissan em Yokohama.
Mesmo com a mudança na posse do imóvel, a Nissan continuará operando normalmente no local, mantendo suas atividades administrativas e de gestão global sob o novo contrato de locação.
O movimento, embora incomum, segue uma tendência de grandes corporações que optam por transformar ativos imobiliários em liquidez para investimentos estratégicos — algo cada vez mais relevante diante da transformação do setor automotivo em direção à eletrificação, digitalização e novos modelos de mobilidade.
A expectativa do mercado agora se volta para os resultados financeiros do primeiro semestre fiscal da montadora, que serão divulgados ainda nesta quinta-feira.
Essa movimentação também ocorre em meio a um cenário de forte pressão por rentabilidade e inovação, com a Nissan buscando reequilibrar seu posicionamento global após anos de reestruturação e mudanças na liderança.
Ao abrir mão da posse de sua sede, mas manter presença no mesmo espaço, a Nissan sinaliza que está disposta a fazer ajustes profundos em sua estratégia patrimonial para sustentar os desafios do futuro — sem comprometer a continuidade de suas operações globais.
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