
Nem mesmo a Ferrari escapou da fúria dos entusiastas ao tentar reviver um nome tão carregado de história quanto o Testarossa.
Apresentado há poucos dias, o novo 849 Testarossa já acumula mais críticas do que elogios, gerando um fenômeno raro: rejeição quase unânime nas redes sociais e fóruns especializados.
Para muitos fãs da marca, o carro parece tudo, menos um Testarossa.
É fato que reviver um ícone dos anos 80 sempre será um risco. Mas o que tem deixado a comunidade tão revoltada é o distanciamento visual em relação ao modelo original.
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A ausência das icônicas “grelhas laterais” — aquelas faixas horizontais que pareciam um pente afro — foi um golpe duro para quem esperava ver no novo carro um tributo mais direto ao passado.
No lugar disso, há um vinco vertical discreto que pouco lembra a ousadia do antigo design.
A frente do modelo também gerou polêmica, especialmente por conta de uma faixa preta horizontal que muitos associaram ao F80.
Para alguns, há até um charme retrô-futurista nessa solução, mas para outros, o novo rosto do Testarossa parece apenas genérico.

Já a traseira, embora volumosa e musculosa, perdeu o elemento mais marcante do modelo clássico: a enorme grade traseira que dava imponência ao conjunto.
O que mais surpreende é o tom das críticas. Em sites como Reddit, Road & Track, Car and Driver e outros, os comentários negativos são massivos, algo pouco comum para um lançamento da Ferrari.
Até mesmo publicações que costumam ser mais neutras ou entusiasmadas demonstraram surpresa com o volume de desaprovação. Na seção de comentários da matéria original, mais de 80 mensagens criticavam a estética do carro — quase todas sem piedade.
Outro fator que tem irritado muitos é a escolha do nome. Muita gente acredita que “Testarossa” deveria ter sido deixado em paz, como uma lenda que não se mexe.

Outros sugerem que nomes como “GTO” teriam sido mais adequados, tanto pela sonoridade quanto pela herança mecânica, já que o novo carro tem um motor V8 biturbo, mais alinhado com o 288 GTO dos anos 80 do que com o V12 do Testarossa original.
É claro que alguns elogios apareceram aqui e ali, destacando a ousadia da Ferrari em propor uma releitura moderna. Mas esses comentários positivos são minoria absoluta em meio a um mar de decepção.
O sentimento predominante é que a marca tentou reinventar demais um ícone, e o resultado foi um carro que perdeu identidade no processo.
A dúvida que fica é: será que as pessoas realmente acham o carro feio ou simplesmente não aceitam ver o nome Testarossa em algo tão diferente?
Talvez, se o modelo tivesse outro nome, a recepção fosse menos áspera.
Mas quando se mexe com lendas, o público não costuma perdoar. E a Ferrari, dessa vez, parece ter cruzado a linha tênue entre homenagem e profanação.
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