Enquanto muitos países ainda debatem o futuro da energia limpa, alguns países agem com firmeza e inovação.
A partir deste mês, estacionamentos com mais de 80 vagas serão obrigados a instalar coberturas com painéis solares em todo o país, na Coréia do Sul.
A medida surpreende por valer não só para novos projetos, mas também para estacionamentos já existentes — públicos ou privados.
A decisão foi oficializada em setembro, após o Ministério do Comércio, Indústria e Energia aprovar uma emenda que reforça o uso de fontes renováveis.
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O objetivo não é apenas ambiental: o governo pretende também gerar empregos na construção civil e no setor solar.
Além da geração de energia, as coberturas oferecem conforto aos motoristas, protegendo os veículos de sol forte, chuva e neve.
Com isso, o interior dos carros fica mais fresco, o desgaste de plásticos e tecidos diminui e os EVs economizam bateria ao usar menos ar-condicionado.
Especialistas destacam que estacionamentos são áreas subutilizadas que, com tecnologia solar, ganham uma função estratégica.
A ideia de transformar sombras em energia não é nova, mas a Coreia se destaca por transformar essa visão em obrigação legal.
Um representante do governo explicou que o projeto amplia o acesso à energia limpa e melhora o aproveitamento do solo urbano.
Instalar coberturas solares em estacionamentos também contribui para estabilizar a rede elétrica, principalmente nos dias de maior demanda.
Os projetos devem começar imediatamente, com foco em eficiência energética e redução da dependência de combustíveis fósseis.
Nos Estados Unidos, algumas iniciativas semelhantes surgem de forma pontual, como no Arizona, onde um estacionamento solar já abastece milhares de kWh por ano.
Em Nova York, uma proposta recente ampliou a área onde estações de recarga para EVs podem ser instaladas em estacionamentos comerciais.
Estados ensolarados como Texas, Flórida e Novo México também seriam ideais para uma política nacional parecida.
Mas, por lá, medidas assim ainda enfrentam resistência política, lobby do setor de combustíveis fósseis e disputas ideológicas.
Enquanto isso, a Coreia do Sul avança com metas claras e transforma estruturas comuns em parte de uma revolução energética.
Mais do que gerar energia, a proposta oferece conforto, sustentabilidade e autonomia energética em um único pacote.
Resta saber: o Brasil vai seguir o exemplo asiático ou continuar desperdiçando o potencial solar de suas cidades?
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