
O mercado de EVs nos Estados Unidos ganhou um novo concorrente este ano, mas a Slate Auto já enfrenta turbulências antes mesmo de entregar seu primeiro carro.
A startup, financiada por ninguém menos que Jeff Bezos, chegou com a proposta de oferecer uma picape elétrica acessível, mas a recente retirada de incentivos fiscais nos EUA deixou o modelo bem menos atraente financeiramente.
Com preço inicial estimado em cerca de R$ 150 mil, o modelo aposta em simplicidade extrema: vidros manuais, ausência de alto-falantes e uma autonomia modesta de apenas 386 km.
Apesar de não poder controlar os subsídios do governo, a Slate tenta compensar com facilidades na experiência do proprietário.
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Um dos maiores trunfos anunciados pela empresa é o acesso direto à rede de Superchargers da Tesla, que conta com mais de 25 mil pontos de recarga rápida nos Estados Unidos.
Além disso, a empresa firmou uma parceria com a RepairPal, o que garante aos donos acesso a cerca de 4.000 oficinas independentes espalhadas pelo país.
Essas oficinas serão treinadas para atender os modelos da Slate, incluindo manutenção rotineira, instalação de acessórios e até mesmo consertos de sistemas de alta voltagem.
A ausência de concessionárias tradicionais obriga a Slate a inovar também na área de pós-venda, e é aí que entra a chamada “Slate University”.

Essa plataforma digital, acessível via app e site, vai oferecer vídeos tutoriais, cursos de certificação e um acervo crescente de manuais para donos e mecânicos.
Segundo o CEO Chris Barman, o objetivo é fazer com que o cliente entenda o funcionamento do veículo antes mesmo de precisar levá-lo à oficina.
A estratégia é clara: compensar a ausência de uma rede própria com apoio remoto e mecânica simplificada, apostando que o público-alvo valorize esse tipo de abordagem.
O modelo da Slate será equipado com o padrão NACS, o mesmo dos carros da Tesla, o que elimina qualquer barreira de compatibilidade com a rede de recarga rápida.

Por outro lado, com uma autonomia limitada, viagens longas exigirão várias paradas — algo que pode desanimar motoristas acostumados com tanques cheios e poucas pausas.
A produção da picape está prevista para o fim do próximo ano, na cidade de Warsaw, no estado de Indiana.
A Slate afirma já ter recebido mais de 100 mil reservas, mas ainda é incerto quantas delas vão realmente se concretizar em vendas.
A proposta minimalista e o apelo “faça você mesmo” são inusitados para um mercado acostumado a EVs cheios de tecnologia e luxo.
Resta saber se o consumidor está pronto para um carro elétrico que aposta no básico em nome do preço baixo.
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