
Após dois anos fora do mercado norte-americano, o Jeep Cherokee está de volta — e chega completamente repaginado.
A nova geração, marcada para estrear nos Estados Unidos ainda este ano, representa uma mudança significativa na filosofia do modelo: nada de V6, nada de V8, e nem mesmo motorização convencional.
O Cherokee 2026 será híbrido desde o início, adotando um motor 1.6 turbo de quatro cilindros associado a dois motores elétricos, entregando 210 cv e 32 kgfm de torque.
Veja também

Essa nova fase chega em um momento estratégico para a Jeep, que vinha enfrentando um vácuo entre o já envelhecido Compass e o mais caro e sofisticado Grand Cherokee.
Com o novo Cherokee, a marca busca preencher esse espaço com um SUV maior, mais tecnológico e com foco em eficiência.
Em termos de design, o modelo abandonou o visual polêmico da geração anterior e agora adota linhas retas, carroceria mais alta, faróis maiores e uma grade frontal mais vertical.

O estilo é claramente inspirado no Grand Cherokee, com proporções robustas e acabamento mais refinado. Ele também está maior: 12 cm a mais de entre-eixos e 11,9 cm a mais no comprimento total, o que se traduz em mais espaço interno e maior volume de carga.
Por dentro, o Cherokee segue a linguagem visual já vista em outros modelos da marca, com painéis bem definidos, acabamento horizontal e tecnologia em destaque.
São duas telas grandes: um painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas e uma central multimídia de 12,3 polegadas. Dependendo da versão, há opção de interior em branco ou preto, com o branco reservado às versões mais completas.

Sob o capô, o novo Cherokee estreia a plataforma STLA Large, a mesma que sustenta o Dodge Charger e o Wagoneer S. Mas, no caso do SUV da Jeep, o conjunto é mais voltado à eficiência do que à performance bruta.
O sistema híbrido combina um motor 1.6 turbo — derivado de modelos da Peugeot, mas adaptado nos EUA — com dois motores elétricos acoplados a uma transmissão eletrônica variável (e-CVT), semelhante ao sistema usado pela Honda em modelos como o CR-V híbrido.
Segundo a Jeep, o consumo estimado é impressionante: 42 mpg (17,8 km/l) na cidade, 33 mpg (14 km/l) na estrada e média combinada de 37 mpg (15,7 km/l).

Isso coloca o Cherokee diretamente na disputa com modelos como Toyota RAV4 Hybrid e Honda CR-V Hybrid — mas com a vantagem de ser mais espaçoso e contar com tração integral de série.
Mesmo sendo híbrido, o Cherokee mantém a tradição off-road da marca. Sua distância do solo é de 20,3 cm, quase igual à da antiga versão Trailhawk.
Os ângulos de entrada e saída também melhoraram graças ao novo design com balanços mais curtos, embora o ângulo de transposição (breakover) tenha diminuído devido ao entre-eixos alongado.

Inicialmente, o modelo não contará com a tradicional certificação Trail Rated, mas a Jeep já confirmou que uma versão mais voltada ao off-road será lançada em breve — provavelmente o novo Trailhawk, com ajustes mais radicais e talvez até uma variação plug-in híbrida ou elétrica.
O lançamento oficial do Cherokee 2026 nos EUA está previsto para o outono (entre setembro e dezembro).
Considerando o avanço da eletrificação global e o crescente apelo por SUVs híbridos, é possível que ele se torne uma peça-chave para a Jeep em mercados fora dos Estados Unidos nos próximos anos.

📲 Receba as notícias do Notícias Automotivas em tempo real!Entre agora em nossos canais e não perca nenhuma novidade:
✅ Canal do WhatsApp📡 Canal do Telegram
📰 Siga nosso site no Google Notícias