Avaliação: Novo Peugeot 208 1.2 é econômico e bem equipado

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Recentemente renovado, o Peugeot 208 1.2 2017 adicionou duas importantes novidades ao lineup já existente.

De um lado, o esportivo GT com motor 1.6 THP e até 173 cv. De outro, a marca francesa trouxe ao Brasil o econômico motor 1.2 Puretech de três cilindros.

Se em uma ponta o Peugeot 208 1.2 2017 entrega performance, na outra vem a frugalidade.

Avaliamos a versão 208 Allure 1.2, que é a opção mais cara com esse novo propulsor, custando R$ 55.790, mais alto que no lançamento, quando custava R$ 54.990. O valor não é apropriado para o desempenho oferecido, mas o compacto aposta tudo na economia e no bom acabamento.

Apesar disso, recentemente o Peugeot 208 1.2 2017 sofreu um forte impacto, oriundo de Montevidéu, que o acusou de ter segurança abaixo do desejado.

Com a revisão dos parâmetros do teste, tendo inclusive impacto lateral, o franco-fluminense perdeu estrelas. Nesta versão Allure, pelo menos, há airbags laterais.

O que falta, de acordo com o Latin NCAP, são as barras laterais internas.

E além disso? Vamos lá.

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Índice

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Por fora…

No visual, o Peugeot 208 1.2 2017 ganhou alterações semelhantes às vistas na Europa, destacando-se os novos faróis com os bons LEDs diurnos em filetes e acabamento interno em preto brilhante.

A grade agora é mais envolvente e dispõe de um belo friso cromado com o nome Peugeot em baixo relevo.

O para-choque tem aspecto mais moderno e com cromados extras, além de faróis de neblina, enquanto o capô com vincos pronunciados destaca o leão cromado da Peugeot. No teto, entre as colunas A, existe uma barra prateada, que dá um ar mais sofisticado ao Peugeot 208 1.2 Allure 2017. Essa proposta é ainda reforçada pelo teto de vidro panorâmico e pelos retrovisores dotados de apliques cromados e repetidores de direção.

Na traseira, o para-choque foi levemente retocado e vem com sensor de estacionamento, enquanto as lanternas ganharam novo desenho inspirado nas garras do leão e iluminação por LEDs, ampliando o refinamento visual. As rodas de liga leve aro 15 polegadas tem desenho sóbrio, enquanto os pneus de baixa resistência à rolagem são 195/60 R15. O foco deles é a economia de combustível.

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Por dentro…

No interior, o ambiente do Peugeot 208 1.2 2017 continua agradável. O conceito i-Cockpit é um dos mais interessantes do mercado e apresenta visão superior da instrumentação, que é ampla e de ótima visualização das informações.

O volante em couro é pequeno e ovalizado, lembra um kart.

O Peugeot 208 1.2 é feito assim para permitir a característica citada acima e garantir uma condução diferenciada. O detalhe cromado na base do aro chama atenção pelo requinte. Regulagens de altura e profundidade estão disponíveis, assim como controles de mídia e telefonia. Há também piloto automático com limitador de velocidade na coluna de direção.

Já o quadro de instrumentos do Peugeot 208 1.2 recebeu uma repaginada e ficou melhor, tendo iluminação branca. O display central do computador de bordo chama atenção. Já a multimídia com tela de sete polegadas vem com Car Play e MirrorLink, faltando o igualmente bom Android Auto. Não há navegador, mas tem conexões Bluetooth, USB e auxiliar.

Outro destaque é o ar-condicionado dual zone do Peugeot 208 1.2, que é luxo em alguns, mas item comum no 208. O painel tem acabamento em dois tons de cinza, sendo o mais claro reproduzido também nas portas.

Detalhes em preto brilhante no cluster, multimídia e ar-condicionado realçam o ambiente. Os bancos possuem padronagem agradável com costuras duplas, tecido macio e espuma firme. O porta-luvas tem espaço mediano.

No teto do Peugeot 208 1.2, luz interna simples e o enorme vidro com persiana manual. Faltou uma luz traseira, pois a iluminação é fraca nessa área. O banco traseiro tem três apoios de cabeça e cinto central de três pontos, mas não é bipartido. O espaço atrás é apenas razoável, mas dentro do que se espera da categoria. Já o porta-malas tem 285 litros e é suficiente para uma família pequena.

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Por ruas e estradas…

O novo motor Puretech do Peugeot 208 1.2 Flex é uma alternativa interessante ao anterior 1.5 8V, modificação feita localmente e que ainda está presente no Citroen Aircross, por exemplo. Com três cilindros, construção em alumínio, duplo comando de válvulas variável e baixo peso, o pequenino foca completamente na redução do consumo, com desempenho inferior na estrada.

São 84/90 cv a 5.750 rpm e 12,2/13,0 kgfm a 2.750 rpm, respectivamente abastecido com gasolina e etanol. Em comparação com o 1.5, falta torque, mas a força disponível nos três pistões aparece abaixo de 3.000 rpm ante os 4.000 rpm do velho 1.4 modificado, o que é bom.

Com o etanol fornecido pela Peugeot no tanque, ele desenvolve bem nas saídas e tem retomadas adequadas para sua proposta, mas ao se exigir um pouco mais, ele já aponta que o caminho não é esse. Seu funcionamento é suave e linear, sem oscilações exageradas de rotação. O câmbio do Peugeot 208 1.2, apesar da alavanca longa e pouco precisa, tem relações adequadas para a proposta do Puretech.

Mesmo com tendência a vibrar, graças ao conjunto de coxins hidráulicos e sua construção moderna, ele trepida menos do que o esperado em marcha-lenta. Rodando abaixo de 2.000 rpm, ele denúncia claramente que tem três cilindros, mas nada que incomode.

Para os motoristas mais antigos, o negócio é ir se acostumando com essa característica dos três cilindros, já que é a tendência do momento, praticamente obrigatória por conta de consumo e emissão. Deixando de lado esse ponto, o Puretech 1.2 Flex mostrou exatamente a que veio. Rodando na cidade, conseguimos ótimos 11,2 km/litro.

Parecia gasolina no tanque, mas era etanol. Na estrada, o 208 Alllure fez 12,6 km/litro, um dos melhores consumos que já vimos até agora com este combustível. Isso explica porque ele tem o título de mais econômico do Brasil. Esperamos que apenas por enquanto, até que venha outro fazer melhor.

Rodando a 110 km/h, o ponteiro do Peugeot 208 1.2 marca 3.400 rpm, denunciando que seu habitat preferido é o urbano. O nível de ruído geral é razoável, mas em relação ao motor, está bem adequado. A direção elétrica é muito leve e direta, proporcionando prazer ao dirigir. Os freios são adequados. A suspensão tem um bom ajuste e focada no conforto, mas não prejudica a estabilidade, que continua boa.

Por você…

O Peugeot 208 1.2 sempre se destacou no quesito acabamento. Não só nos materiais, mas também na estética, tanto por dentro quanto por fora. Essa boa impressão continua. Claro, não é um compacto de luxo, mas tem um ambiente mais “premium” que a maioria dos rivais, incluindo os que tentar aparentar “premium”, como as versões topo de Onix e HB20.

Nesta linha 2017, vem agora com apelo para a economia, mas com desempenho mediano, inferior aos best-sellers citados acima.

O pacote de equipamentos sempre chama atenção, especialmente na 1.2 Allure, que tem teto panorâmico, trio elétrico, ar-condicionado dual zone, multimídia com Car Play e MirrorLink, piloto automático, airbags laterais, apoios de cabeça e cintos de três pontos para todos, rodas de liga leve aro 15, faróis e lanterna de neblina, sensor de estacionamento, LEDs diurnos e lanternas em LED, entre outros.

Mas, a Peugeot cobra bem por tudo isso. Apesar disso, o Peugeot 208 1.2 ainda oferece o interessante i-Cockpit e agora um propulsor que realmente bebe menos e não precisa ser exatamente fraco para fazer isso. O plano de manutenção com preços fixos ajuda a mudar a imagem do pós-venda da marca, que agora oferece a bordo serviços conectados através da multimídia e aplicativos dedicados.

No geral, o Peugeot 208 Allure 1.2 poderia ser um pouco mais forte em performance. Pelo preço pedido, R$ 55.790, bem que poderia ter um navegador GPS e controles de tração e estabilidade. O Android Auto também faz falta, assim como Iluminação interna com LED ou luzes de leitura. As tais barras de proteção também são desejáveis e entram na lista de pedidos. No mais, o compacto agradou pela economia e estilo.

Medidas e números…

Ficha Técnica do Peugeot 208 Allure 1.2 2017

Motor/Transmissão
Número de cilindros – 3 em linha Flex
Cilindrada – 1199 cm³
Potência – 84/90 cv a 5.750 rpm (gasolina/etanol)
Torque – 12,2/13,0 kgfm a 2.750 rpm (gasolina/etanol)
Transmissão – Manual de cinco marchas

Desempenho
Aceleração de 0 a 100 km/h – 12,8 segundos (etanol)
Velocidade máxima – 177 km/h (etanol)
Rotação a 110 km/h – 3.400 rpm
Consumo rodoviário – 12,6 km/litro (etanol)
Consumo urbano – 11,2 km/litro (etanol)

Suspensão/Direção
Dianteira – McPherson/Traseira – Barra deformável
Elétrica variável

Freios
Discos na dianteira e tambores na traseira com ABS e EDB

Rodas/Pneus
Liga leve aro 15 com pneus 195/60 R15

Dimensões/Pesos/Capacidades
Comprimento – 3.975 mm
Largura – 1.702 mm
Altura – 1.472 mm
Entre-eixos – 2.541 mm
Peso em ordem de marcha – 1.073 kg
Tanque – 55 litros
Porta-malas – 285 litros

Preço – R$ 55.790

Galeria de fotos do Peugeot 208 1.2 Allure 2017

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X