
A Volkswagen acaba de dar um passo ousado e pouco convencional na maior vitrine de mobilidade elétrica do mundo: a China.
Numa jogada que mistura pragmatismo com uma boa dose de reinvenção, a marca alemã se uniu à startup chinesa Xpeng para criar uma nova geração de veículos que compartilham mais do que apenas plataforma — compartilham visão de futuro.
O primeiro fruto dessa parceria é um sedã 100% elétrico ainda sem nome oficial, mas já flagrado rodando em testes camuflados pelas ruas chinesas.

A carroceria longa, o perfil fluido e as lanternas iluminadas com assinatura visual futurista mostram que o modelo rompe com a estética tradicional da VW.
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Esqueça os traços conservadores dos últimos Jetta ou Passat: esse novo elétrico tem linhas que mais lembram um cupê esportivo do que um carro de família.
Mesmo com forte influência da recém-lançada segunda geração do Xpeng P7 — modelo do qual o sedã da VW pode herdar plataforma e tecnologia — o visual também bebe da fonte dos conceitos ID. Aura e ID. Evo, apresentados este ano na China.

O resultado? Um carro que parece um show car, mas que chegará às ruas em breve.
Sob o capô, ou melhor, sob o assoalho, ainda não há confirmação oficial, mas espera-se algo próximo das especificações do próprio Xpeng P7.
Ou seja, baterias entre 74,9 kWh e 92,9 kWh, com autonomia variando de 700 a impressionantes 820 quilômetros no ciclo chinês (CLTC).

A versão mais potente, com dois motores e tração integral, entrega até 586 cv e vai de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos.
O projeto faz parte de uma estratégia agressiva da Volkswagen para recuperar espaço no mercado chinês, onde tem perdido terreno para marcas locais cada vez mais inovadoras e competitivas.
Para isso, a fabricante alemã aposta não só na plataforma elétrica desenvolvida com a Xpeng, mas também na flexibilidade: a mesma arquitetura poderá ser usada em EVs, híbridos e até modelos a combustão.

Essa abordagem multifuncional é fundamental para acelerar lançamentos e responder com agilidade às rápidas mudanças de gosto do consumidor chinês.
A promessa é lançar mais de 30 novos modelos no país, sendo pelo menos 20 deles eletrificados. As parcerias locais, como FAW-Volkswagen e Volkswagen Anhui, também estão sendo mobilizadas para viabilizar essa ofensiva.
Além do design e da autonomia, o novo sedã terá foco em tecnologia embarcada e conectividade.

A arquitetura elétrica permitirá atualizações de software via nuvem e sistemas avançados de assistência ao motorista, ponto essencial num mercado onde o consumidor espera inovação constante.
Enquanto isso, no Ocidente, fica a dúvida: veremos esse modelo fora da China?
A resposta, por ora, parece ser não. A Volkswagen quer, antes de tudo, reconquistar os corações chineses. E para isso, está disposta a abandonar o conservadorismo alemão em nome da ousadia oriental.

O novo sedã elétrico pode até ter a marca VW no capô, mas carrega no DNA a influência direta da revolução chinesa no setor automotivo. E se depender dessa fórmula, pode muito bem ser o primeiro de uma nova era para a marca.
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