
Nos últimos anos, diversas montadoras buscaram formas de diferenciar seus carros elétricos dos modelos com motor a combustão.
A Audi foi uma delas, implementando uma nova nomenclatura que separava os veículos com números ímpares para motores a combustão e números pares para elétricos.
No entanto, depois de uma queda generalizada de vendas a nível mundial, vendendo em 2024 cerca de 14% a menos do que em 2023, a marca alemã acaba de voltar atrás nessa decisão e retomará seu antigo sistema de nomes.
A partir de agora, a Audi seguirá um esquema mais tradicional, no qual os números indicam o tamanho do modelo, enquanto a letra A será usada para veículos de “piso baixo”, como sedãs, e a letra Q para SUVs.
Os modelos station wagon, ou peruas, continuarão sendo chamados de “Avant”, enquanto os fastbacks manterão o nome “Sportback”.
Além disso, os motores a gasolina serão identificados como TFSI, os diesel como TDI e os elétricos com a sigla E-tron. Híbridos plug-in terão um “e” adicional na nomenclatura.
O primeiro carro a adotar esse retorno à antiga nomenclatura será o A6, cuja nova geração estreia em março.
Assim, por exemplo, a versão a combustão se chamará A6 Avant TFSI, enquanto o modelo elétrico será o A6 Avant E-tron. As versões esportivas também continuarão usando os nomes “S” e “RS”.
Apesar dessa mudança, a Audi não pretende renomear os modelos que já haviam sido ajustados para a nomenclatura anterior.
Isso significa que o A5, que antes era um A4, continuará sendo chamado assim, mesmo que anteriormente esse nome fosse utilizado apenas para a versão cupê.
Atualmente, a linha da Audi conta com 81 modelos diferentes em sua oferta, de acordo com o site da marca na Alemanha. Um dos poucos modelos que fogem desse padrão é o E-tron GT, um sedã elétrico de quatro portas com design esportivo.
A questão da nomenclatura para veículos elétricos e a combustão tem sido um desafio para várias montadoras.
A BMW, por exemplo, utiliza a letra “i” para seus elétricos, mas mantém algumas exceções, como o SUV iX.
Já a Mercedes usava o prefixo “EQ” para diferenciar seus EVs, embora alguns desses modelos sejam derivados de carros a combustão, enquanto outros, como o EQE, são totalmente novos.
No caso da Volkswagen, a estratégia tem sido mais padronizada com a linha ID para elétricos, enquanto a Renault opta por nomes distintos para cada categoria, sem relação direta entre modelos a combustão e elétricos.
A decisão da Audi de voltar ao seu sistema anterior reflete um esforço para tornar a nomenclatura mais intuitiva para os consumidores, especialmente aqueles que se confundiram com a tentativa anterior de diferenciação entre motores.
Segundo a marca, essa mudança foi baseada no feedback dos clientes e concessionárias ao redor do mundo, que preferiam um sistema mais simples e direto.

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