A Omoda Jaecoo está chegando ao mercado brasileiro e terá vendas a partir de setembro, quando começará com os modelos Omoda 5 e Jaecoo 7, que chegam importados da China.
Todavia, a marca chinesa tem planos industriais para o Brasil, com a produção de seu portfólio em uma planta já estabelecida por aqui, como a fábrica inoperante da Caoa Chery, em Jacareí, interior de São Paulo.
A planta foi citada por Peng Hu, diretor-geral da Omoda Jaecoo no Brasil, que, ao site Auto Data, revelou o interesse da empresa na planta do Vale do Paraíba.
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Hu disse: “Jacareí é uma das nossas opções. Não é a principal, mas é uma delas. Temos muitas opções e não posso dizer o prazo exato, mas queremos produzir no Brasil o mais rápido possível. Pode ser no fim deste ano ou no começo do ano que vem.”
A questão de Jacareí não ser a “principal” escolha chama a atenção, haja vista que a Caoa Chery recentemente declarou que uma área adjacente à fábrica havia sido vendida e não a própria instalação.
Acontece que a fábrica da Chery em Jacareí não opera desde 2022, quando a produção local foi desativada, pondo um fim ao interessante Caoa Chery Tiggo 3x, que nem teve tempo de emplacar direito no mercado.
Como a Omoda Jaecoo é parte da Chery, sócia da CAOA, na operação desta no mercado brasileiro, seria natural que ambas as novas marcas usassem a instalação inativa próximo à Rodovia Presidente Dutra (BR-116).
Sobre a Caoa Chery, Hu comentou: “Somos parte do Grupo Chery, que é um grupo automotivo como a Stellantis, Volkswagen. A Caoa Chery é uma marca e nós somos outra, temos estrutura diferente, áreas financeiras diferentes. Nós somos bons e eles também são bons, mas somos independentes”.
Ou seja, a Caoa Chery não é um entrave para produzir em Jacareí ou no país, onde as marcas poderiam também ser feitas em Anápolis–GO, mas a empresa brasileira parece já ter escolhido seu novo parceiro lá, após a saída da Hyundai: Changan com a submarca Avatr.
Outro detalhe que pode fazer a Omoda Jaecoo passar longe de Jacareí é um fato noticiado pelo G1 há alguns dias, citando um possível leilão da fábrica por parte da prefeitura da cidade, sob a alegação de que a empresa descumpriu o acordo de geração de empregos.
Um ofício da prefeitura teria sido enviado à Caoa Chery, que respondeu dizendo não ter recebido a demanda do município paulista.
A prefeitura se compromete a indenizar a empresa em R$ 17,7 milhões, diferença dos R$ 46 milhões do orçamento público em infraestrutura e incentivos fiscais e dos R$ 63,8 milhões, valor estimado do imóvel.
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