Ônibus gigante que viria ao Brasil revela mais uma fraude chinesa

Lembra dos carros elétricos novos, abandonados em pátios obscuros de um negócio ainda mais sombrio na China? Pois é, não são somente eles que provocaram um escândalo no país, um ônibus gigante também.

O Transit Elevated Bus ou TEB, também conhecido como Straddling Bus, Tunnel Bus e Land Airbus, era uma promessa de veículo urbano de transporte que resolveria em parte a mobilidade urbana em cidade congestionadas como São Paulo, por exemplo.

O TEB corria sobre pneus e sua forma de catamarã, se movimentaria sobre as avenidas, deslocando sobre o tráfego urbano comum, ou seja, carros e motos ficariam embaixo do veículo.

Com capacidade de 300 pessoas (1.200 na versão articulada), o TEB era uma solução muito interessante, movida por energia elétrica e sua alimentação seria feita nos próprios trilhos, porém, todo o projeto, que interessou cidades no Brasil, na França e em outros lugares, além de grandes centros chineses, era uma enorme fraude.

O projeto do TEB foi criado em 2010 e chamou atenção pela inovação, já que exigiria a reconstrução das vias, apenas a construção dos trilhos e de estações aéreas para embarque e desembarque.

Usando o TEB, as cidades poderiam criar corredores de altíssima capacidade de passageiros na principais avenidas, mas o que seria bom, acabou em uma grande ilusão.

Os idealizadores do projeto do Transit Elevated Bus chegaram até a construir um protótipo em tamanho real, mas a ideia é bem velha, de 1969, tendo sido criada pelos arquitetos americanos Craig Hodgetts e Lester Walker para Nova Iorque.

A empresa TebTech chegou a construir uma pista de 300 metros para testes na cidade portuária chinesa de Qinhuangdao, porém, isso já denunciava a proposta, pois a empresa previa inicialmente criar 185 km de corredores em Pequim.

Após 2016, as coisas não andaram e recentemente, a polícia prendeu 32 pessoas por “arrecadar ilegalmente fundos para financiar o TEB”, com base em queixas de 72 investidores enganados para apoiar a iniciativa.

Bai Zhiming, que comprou as patentes do TEB e administrava um site para arrecadar dinheiro para ele, revelando um esquema fraudulento, foi preso também. Assim, o TEB morreu antes de nascer.