A influenciadora conhecida no TikTok como SidneyKidneyBean — ou simplesmente Sydney — acabou virando protagonista de uma história digna de roteiro de comédia corporativa, ao comprar um carro pela rede de lojas de carros Carvana e, por erro do sistema, sair com o veículo praticamente de graça.

Sim, mesmo depois de ouvir todos os alertas e críticas sobre a empresa, ela resolveu arriscar. E, ironicamente, deu certo. Ou quase.

A confusão começou após Sydney financiar o carro com o Bank of America, como tantos outros compradores fazem. Tudo correu normalmente na entrega do veículo, até que, meses depois, ela recebeu uma carta do banco pedindo uma cópia da solicitação do título.

Um detalhe estranho, já que, em teoria, isso já deveria ter sido resolvido pela Carvana no momento da compra.

Ao investigar, Sydney descobriu que a Carvana cometeu um erro grave: no título do carro, ela aparecia como única proprietária e também como detentora do direito de alienação (lienholder).

Ou seja, no papel, o carro era 100% dela, sem vínculo algum com o banco que financiou a compra. Na prática, ela ganhou um carro de graça — e o Bank of America ficou segurando um financiamento que não tem nenhuma garantia real.

O responsável? Um novo sistema automatizado de emissão de títulos, que a Carvana começou a testar recentemente. Segundo Sydney, o processo durou menos de um minuto, e os próprios funcionários da empresa ficaram surpresos com a velocidade.

O sistema, aparentemente, processou tudo errado e acabou emitindo o título com o nome dela como dona plena do veículo.

E não se trata apenas de um erro burocrático. Como a documentação está registrada no nome de Sydney, ela tecnicamente pode vender o carro, embolsar o dinheiro e simplesmente deixar de pagar o financiamento.

Em situações normais, isso seria impossível, já que o banco aparece como o verdadeiro proprietário do bem até o pagamento total. Mas neste caso, a brecha foi aberta.

Ainda assim, Sydney decidiu fazer o certo. Apesar dos inúmeros comentários de seguidores incentivando que ela “sumisse com o carro” ou simplesmente ignorasse o banco, ela afirmou que vai regularizar a situação.

“Não sou golpista”, disse, explicando que prefere o caminho mais “chato” da honestidade.

Além de sua postura ética, também há o fator legal. A venda de um carro financiado envolve contratos complexos, e tentar se aproveitar do erro provavelmente resultaria em um processo judicial — e talvez até algo mais grave.

O mais curioso é que, se ela tivesse decidido manter o silêncio, a Carvana e o banco provavelmente teriam dificuldades reais para reverter a situação, já que toda a documentação oficial a favorece.

Agora, resta saber por quanto tempo esse sistema automatizado de títulos vai continuar operando. Após um erro tão custoso (e público), não seria surpresa se ele fosse desativado ou totalmente reformulado.

No fim das contas, Sydney ganhou mais do que um carro: ganhou uma história surreal, milhares de visualizações e o respeito de quem ainda acredita que honestidade vale mais do que um golpe fácil.