
Uma nova polêmica envolvendo a Tesla Cybertruck veio à tona após relatos de painéis da carroceria se soltando durante a condução.
Reid Tomasko, proprietário da Shock Auto Styling e dono de uma Cybertruck, revelou detalhes preocupantes sobre o problema estrutural do veículo.
Segundo Tomasko, que já trabalhou com dezenas de Cybertrucks em sua empresa de personalização, a Tesla fixa os painéis da carroceria em estruturas plásticas parafusadas ao corpo do veículo.
No entanto, em vez de parafusar os painéis às estruturas, a montadora utiliza adesivo para fixá-los. Embora o uso de adesivos modernos seja uma prática comum na indústria, parece haver falhas no processo ou na qualidade do material utilizado pela Tesla.

O problema não se limita a casos isolados. Duas reclamações formais foram registradas na Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA).
Um proprietário em Brooklyn relatou que a moldura do teto “começou a se soltar repentinamente” em velocidades de rodovia. Outro caso em Illinois envolveu uma peça do acabamento superior do lado do passageiro.
Tomasko estima que entre 15% e 20% dos veículos que passaram por sua oficina apresentaram problemas similares.
Mais preocupante ainda é sua observação de que o defeito parece ser mais comum em unidades mais recentes, sugerindo uma possível deterioração no processo de produção.

De acordo com um dos proprietários afetados, ao solicitar a substituição preventiva de componentes similares, um centro de serviço Tesla informou que “não fará a substituição a menos que o painel caia”.
Tomasko sugere que o problema pode estar relacionado ao clima frio, onde o aço inoxidável se expande e contrai, enquanto o adesivo utilizado, sendo quebradiço, não acompanha essa flexão.
No entanto, a inconsistência entre veículos similares em condições semelhantes sugere que pode haver problemas com lotes específicos de adesivo.

Este não é um caso isolado de problemas com a Cybertruck.
O veículo já foi alvo de sete recalls e duas investigações desde seu lançamento, incluindo questões como aceleração não intencional, problemas com o limpador de para-brisa e falhas no inversor que podem causar perda total de energia durante a condução.
Apesar dos problemas, Tomasko, como muitos outros proprietários, mantém sua admiração pelo veículo. No entanto, ele reconhece que os defeitos reforçam as críticas sobre a qualidade de construção do veículo, que tem preço inicial de cerca de 100 mil dólares.

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