A China já não é mais a terra da galinha dos ovos de ouro para montadoras estrangeiras, que estão vendo suas vendas caírem à medida que as marcas locais vão crescendo rapidamente, além de uma guerra de preços que enfraquece todos.
Diante disso, a Alemanha tomou a decisão de se aproximar da Índia em busca de garantir as vendas de carros e peças como compensação das perdas registradas na China.
O chanceler alemão Olaf Scholz chegou à Índia para fechar acordos em vários níveis como uma resposta às perdas de empresas do país no gigante asiático.
Segundo a Reuters, a intenção dos alemães não é transformar a Índia em uma “Nova China”, mas um país com grande potencial de crescimento. Submotorizado, o país do subcontinente asiático tem muito o que crescer no setor automotivo.
O interesse principal vem de empresas alemãs, desde os fabricantes até o setor de logística, que observam que a Índia é rica em jovens trabalhadores qualificados, custo de mão de obra baixo e crescimento econômico de cerca de 7%.
Robert Habeck, Ministro da Economia da Alemanha, comentou: “A Índia, o país mais populoso do mundo, é um parceiro fundamental da economia alemã no Indo-Pacífico e desempenha um papel fundamental na diversificação da economia alemã”.
Dependente do gás russo e com problemas políticos relativos à China, a Alemanha – que é altamente dependente de exportações de veículos – tentará se fixar na Índia, porém, terá de fazer isso com produção local.
A Índia impõe altas taxas de importação para carros, forçando as montadoras estrangeiras a investirem no país com produção local. Recentemente Skoda e Volkswagen ampliaram o investimento no país e no segmento de carros sub-4 m.
O mercado é forte e tem enorme concorrência, enquanto o país é reconhecido como importante exportador de veículos, atingindo dos EUA ao Japão, o que o torna importante no cenário mundial.
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